quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Uma questão de mentalidade

«Senhoras e senhores, começámos a descida em direcção ao aeroporto da Ota de Lisboa (que dista apenas 50 km desta última), descida essa que é semelhante à queda gradual de Portugal na U.E., de país assim-assim para a de nação endividada, de preguiçosos obesos, Fátima Felgueiras, de políticos corruptos mas vistos pela populaça como heróis, crianças preguiçosas, Cláudio Ramos, ignorantes, de idosos e de deficientes sem rumo que não conseguem pagar os medicamentos de que precisam, da Floribela, dos Morangos com Açúcar, da completa estúpificação total pela t.v.. A situação em Lisboa e arribaldes é a seguinte: temperatura de 18 graus, céu pouco nublado ao contrário das mentes dos políticos regentes, ventos de norte e tédio intenso.»

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Uma questão de facciosismo, ET's e a Santa Trindade.

Ontem fez uma semana que ví algo completamente estranha assim para os lados do paranormal. Palavra que não tenho a mais pequena das explicações para aquilo que ví (pirilampos de 2m vindos de Chernobil está posta de parte, está muito frio para esses insectos). Podem estar a pensar: «Pois… Ganda tosga que o Sandes devia ter pa ver coisas dessas». Bem, se foi esse o caso, digo-vos desde já que não fui o único a ver tal fenómeno. E garanto-vos que foi estranho q.b.

Acho uma profunda injustiça (e também um bocado deprimente) quando reparo no desigual destaque que os media dão às pessoas que acreditam em OVNIS, por um lado, e por outro, àquele que acreditam num ser supremo, invisível que vive no céu (segundo alguns, é um voyeur). Especialmente se essa crença disser respeito à fábula (qual La Fontaine, qual Ésopo qual carapuça) Jesus-Messias-Filho de Deus.

Já devem ter reparado que os media chamam “entusiastas” aos crentes em OVNIS, termo usado para os diminuir e marginalizar, relegando-os para a área das pessoas com hobbies mais ou menos invulgares. Seja. Querem fazê-los parecer esquisitos? Okéim…Maluquinhos pitorescos que têm o descaramento de acreditar que, num universo de triliões e triliões de estrelas, possivelmente com muitas centenas de biliões de sistemas habitáveis, algum deles possa também ter dado origem à vida? Nã.

Contrariamente, os que acreditam num ser eterno todo-poderoso que pula de nuvem em nuvem, um ser que exige ser amado e adorado de forma incondicional e que castiga ou recompensa segundo os seus próprios desígnios insondáveis, são apontados como gente séria, credível, e digna de confiança. Apesar do número de crentes que são indiscutivelmente fanáticos de ideias tacanhas.

Pessoalmente, acho que há tantas provas da existência de OVNIS como do tal bacano omnipotente -omnipresente egoísta. Pensem bem.

É verdade que o mundo dos crentes de OVNIS tem uma grande maquia de maluquinhos, esquisitos e pessoas à margem da sociedade mas alguma vez ouviram verdadeiros crentes religiosos? Alguma vez ouviram falar de discursos extremistas e comportamentos bizarros associados a fanáticos religiosos? Não podem eles também ser rotulados de maluquinhos; Esquisitos? Uma pessoa razoável diria que sim. Sem dúvida.

Bem, mas desviei-me do cerne da questão: o preconceito dos media e das pessoas em geral acerca dos OVNIS. Uns são tratados com reverência e aceite como verdadeira, outros são alvos de chacota e tratados com bizarria. Acho que até o J.C, esse bacano do camandro, teria a mesma opinião que a minha. Garanto-vos. E não se esqueçam: nunca falem à frente dos gatos. Eles são extra-terrestres. Toda a gente sabe disso. Até o Cláudio Ramos.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Uma questão de números e espaço

Sempre que ocorre alguma guerra civil, massacre, ou sempre que os E.U.A. invadem algum país (é verdade, aquele país é um bocado aborrecido ao ponto de terem que inventar essas diversões), depois de o queimarem, bombardearem, violarem e ocuparem, encontram-se sempre valas cheias de gente morta pelo ditador que acabaram de depor. Toda a gente no mundo age como se estivesse enojada e deveras surpreendida.

Mas pensem bem: que pode um indivíduo fazer com todos aqueles cadáveres depois de matar uns milhares de pessoas? Enterrar cada um na sua covinha individual? Pôr plaquinhas com o nome em cada um? Não me parece. Ganhem juízo! A razão para matar milhares de pessoas ao mesmo tempo e no mesmo sítio tem uma razão -poupar tempo! Além disso, o que o resto do mundo costuma fazer é sempre protestar um bocadinho, tirar uma fotografia e ir embora para casa que já se faz tarde. Então que diferença faz?

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Uma questão de gosto

Não tenho por hábito ser muito crítico nas minhas opiniões acerca dos filmes. Do meu ponto de vista, se algumas centenas de pessoas decidem juntar-se todos os dias, usar maquilhagens e roupas incómodas, gastar dinheiro em quantidades inimagináveis, fingirem ser outras pessoas, e, no final, o único objectivo deles é de que eu passe uma hora e meia entretido e enterrado no sofá a olhar para um filme, não me preocupo muito com coisas mesquinhas como a qualidade do trabalho que fizeram. No entanto, não entendo pessoas que gostam de filmes com o Leonardo di Caprio. Palavra que não entendo. Às vezes, quando estou a fazer zapping à procura de um programa menos insuportável para ver, apanho um filme a meio. É recente, parece ter piada. Vejo tipos como o Al Pacino, o Robert de Niro, o Tom Hanks, o Russel Crow, a jogar às cartas e a beber, aos tiros uns com os outros e sinto uma certa nostalgia. Depois aparece o Di Caprio. Lá tenho que mudar novamente de canal. É uma vergonha. Consegue estragar filmes de comédia da mesma maneira. Pessoas assim não deviam ser autorizadas a estragar tantos filmes bons.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

As antenas da amizade!

Já pensaram que se todos os carros saídos do stand trouxessem uma antena não havia ninguém a roubar antenas?
Isto é verdade, quando tenho antena no carro não tenho de roubar mais nenhuma…
De certeza numa daquelas reuniões secretas dos barões manipuladores do sistema automóvel mundial decidiram lançar no mercado um carro que lhe faltava a antena…e ai começou o ciclo!
O dono desse carro, tendo falda da dita antena lá teve de roubar uma ao vizinho, esse vizinho teve de roubar outra e assim sucessivamente…
Hoje voltei a entrar no ciclo, e sinto-me parte integrante de um movimento Mundial que me parece de extrema importância…é tipo aquele email da amizade que circula em corrente, que temos de mandar a um amigo… que nos faz sentir importantes!

Como é óbvio não cortei a corrente, não vá isto dar uma centena de anos de azar, mas resolvi deixar o meu cunho pessoal neste movimento… Hoje vou roubar uma parabólica! Acho que se estendermos este movimento as nossas casas vamos tornar muito mais gente feliz! E é tão giro!


p.h.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Uma questão de fé

Fobias

- Diga-me de que tem medo?
- Oh, isse agora amigo, de muita coisa!!!
- Mas assim algo de que tenha mesmo muito medo, diga lá!
- Ora, deixe cá ver... ah, já sei, tenho medo de ver sangue.
- Sabia que há muitas pessoas que partilham consigo esse medo. Fale-nos mais um pouco desse medo, porque razão acha que ficou com essa fobia?
- Isto de eu ter medo de ver sangue do tipo O+...
- Como??? O senhor tem medo de ver sangue, mas de um determinado tipo???
- Sim, o que é que isso tem de extraordinário?
- Mas, mas os outros tipos de sangue não lhe causam qualquer perturbação?
- Não, atão se não vou ser eu que vou estar sangrando de que havera de ter medo?
(Primeiro a ideia pareceu-me boa, mas depois de escrever pensei, raios isto é uma piada bem ao estilo de malucos do riso)

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Uma questão de tempo

Espero que todos vocês compreendam que, a longo prazo, os fundamentalistas vão ganhar. Porque é impossivel vencer quando se está em desvantagem numérica. E é impossivel derrotar o fanatismo, a ideia e disponibilidade de morrer por um ideal.
Um pais qualquer do Ocidente, preocupado com jipes, telemóveis, Cláudio Ramos, férias na neve, pornografia, salões de massagens, aumento de pénis, adelgaçantes, tangas, fios dentais e desodorizantes não tem uma oração, nem sequer uma oração cristã daquelas clássicas contra os milhões de fanáticos que existem por este mundo fora, que detestam o nosso materialismo e que nada têm a perder se atarem 4kg de explosivos à cintura e se explodirem junto de outros tantos. Pois, ao fim de contas, não têm que se preocupar com telemóveis, tangas, Cláudio Ramos, férias na neve, malas Louis-Vuitton. Pessoas que se estão nas tintas e não têm nada a perder vencerão sempre pessoas que lutam por sentimentos vagos rabiscados num bocado de papel. Amigos, eles vão ganhar e não vai ser bonito de se ver. Não podemos acertar com uma bomba em cada um deles.
E não fiquem amaravilhados com a ideia parva de "democratizar" o mundo. Nem todos gostam disso, democracia.
Eles vão ganhar. Disso não tenho dúvida.
Comecem a poupar dinheiro para o mercado negro. Vão precisar daqui a uns anos.

Pintura e Música na Mina de S. Domingos

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Filão de Ouro

Eu não sei se repararam, mas, passa uma nova novela na TVI chamada “Doce Fugitiva”, não quer isto dizer que seja uma coisa má ou ruim. Até acho que é uma coisa boa, catita, baril. Tal como acontece no ensino, excesso de professores, levou o governo a tomar uma medida chamada «Reciclagem», Porquê reciclagem? Porque é realmente uma reciclagem, embora não transformem os professores em boiões, nas garrafas mais catitas do supermercado ou no para-lamas da bicicleta da tia; tornam-nos aptos a exercer outra qualquer profissão (das quais toxicodependente, dealer e chulo são as mais escolhidas). Estas novelas são emprego para antigos elementos dos “Morangos com Açúcar” o que só pode ser benéfico. Imaginaram que daqui a dez anos, precisavam de uma daquelas “massagens” anunciadas no Correio da Manhã e aparecia uma destas actrizes desempregadas de cigarro ao canto da boca e a trautear êxitos dos D’ZRT? «Olá, chamo-me Maria Alice, sou a sua massagista esta noite e já me deve ter conhecido da pseudo-estupido-novela “Morangos com Açúcar» … Mas enfim. No entanto, por mais que me custe admitir, sempre é melhor que a «Floribela» da SIC. Isso sim dá-me que pensar. Sem dúvida que as letras das músicas são engraçadas, o refrão mete-se pelo ouvido a dentro… Sem dúvida alguma! Mas isso para miúdos dos 4 aos 12 anos! Caso és um dos estranhos indivíduos com mais de 12 anos e não te chamam especial em exagero, epá, muda de blog!

Sem dúvida que agora existe uma luta cerrada entre a “Floribela” e a “Doce Fugitiva”, e, vá-se lá saber porquê, em ambas a principal é pobretanas, canta que nem uma cana rachada para mal dos nossos ouvidos, vai trabalhar para casa de uma família de órfãos ricos e o mais velho destes é o alvo da libido desta. Eu não sei.

Julgo que é apenas uma perfeita casualidade. Ou moda. Não sei. Quiçá palermice contagiante.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Gargalhada de hiena


Ontem aconteceu um grande momento televisivo: entrevista com a Nelly Furtado em directo no Jornal da Noite. Não posso falar nisto sem antes dizer: FRANJA!!!????Mas isso até passava não fossem as gargalhadas de hiena-com-cio-a-quem-lhe-foi-dado-um-pontapé-nos tomates. "ya, sopa de couve you know" AH AH AH AH "O minha primeira apresentação foi quando eu era 4 anos em português ya" AH AH AH AH "Eu admiro muito minha tia ela ter 8 filhos, ela trabalhar muito e eu penso muito nela quando viajo com minha filha, minha tia é uma mulher muito forte"AH AH AH "eu conheci Nuno Gomes you know no MTV music awords ya e ele falar-me de como uma força you know"AH AH AH AH
'miga, conselho de Trambolho: muda de penteado, modera as gargalhadas e dá algum dinheiro à tia"
Um grande abraço ao Rodrigo que manteve uma postura muito profissional. Eu estava já em lágrimas e com dores nos maxilares a meio da entrevista, mas ele manteve-se, com um ar gozão, é certo, mas firme.

A subtileza da palavra aberta!

Epá, eu até gosto desta bela apresentadora, gosto simplesmente! Acho que ela tem um belo corpo para a presentação de programas…
Mas parece-me que ao lado daquela citação ficava melhor uma senhora de metro e meio, 90kg, de mini-saia de ganga, pernas abertas e sentada numa lata de 25litros de tinta…tudo isto à beira de uma qualquer estrada Nacional… ai já me soava mais natural, tipo: epá, parou aqui um camionista cabo-verdiano, deu-me uma que pareciam duas… fiquei toda aberta e dorida que durante três dias tive medo de me sentar na lata, não fosse ela desaparecer ou o cralhe!
E sai um viva para a sensualidade!
Será que ela enquanto namorada do Cristiano Ronaldo em algum jogo da selecção falou com a mulher do Figo?
Algo tipo: Atão ò Figa não te sentas? Não me digas que o Luís perdeu o auto-controlo e te rebentou o nalguedo? Eu ontem tive com o Cris no banco de trás do carro que fiquei mais aberta que o túnel do Marquês!


p.h.

sábado, 4 de novembro de 2006

Raparigas deste país...

... se vocês pensam que o pior que podem fazer aos vossos pais é: engravidar de um angolano imigrante de leste, toxicodependente, com lepra e que tem uma verruga no nariz, desenganem-se... experimentem dizer-lhes que querem ser livres!

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

A menina do indie



Linda. Chan Marshall apresentou-se ao público há uma década, sob o pseudónimo de Cat Power. Desde então tem vindo a enamorar centenas de fãs com uma voz rouca alimentada a cigarros e café, guitarra dedilhada com mestria e notas de piano envelhecido. Cat Power é uma songwriter por excelência e destaca-se entre os nomes sonantes do género indie actual. Os seus lyrics, escrevinhados por aqui e por ali em folhas soltas, transformam-se em grandes canções, cruas, suaves, melodiosas, de embalar. Sempre discreta e tímida, Cat Power acaba concertos lavada em lágrimas e enterneceu a crítica com o cover I found a reason, dos Velvet Underground. Um dia destes descobriram-lhe o sorriso e agora querem fazer dela Miss Channel.

Como nós merecemos e gostamos muito dela, a cantora vai passar por Portugal e presentear-nos com dois espectáculos em Dezembro, não previstos na tour ( dia 4 – Lisboa na Aula Magna; dia 5 – Porto no Cinema Batalha), e mostrar-nos o seu novo trabalho, The Greatest.

Rendam-se.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Manutenções

Mais um feriado se passou. Dia de Todos os Santos. As pessoas aproveitam tal para visitar os cemitérios, embelezar as campas com flores e velinhas, etc. Eu penso que tal dia deveria passar a chamar-se “Dia de Manutenção de Cemitérios”. Julgo que ficava bem. Além disso, era o nome mais correcto. Durante 364 dias do ano, estão-se completamente a borrifar para os cemitérios, mas mal chega o 1 de Novembro, parecem autênticos romeiros cheios de flores. Acho que é sem duvida um bom negócio para as floristas. Não basta o Dia da Mãe e o Dia de S. Valentim para fazer negócio. A mim cheira-me a conspiração. Acho que sim. Tenho que pensar mais no assunto.

Depois da morte de alguém (mesmo muitos anos depois), é costume ouvir alguém falar do falecido, dizendo: «sinto que ele está lá em cima a olhar para nós cá em baixo e a sorrir».

Ok. Em primeiro lugar, acho extremamente duvidoso que exista um «lá em cima» que permita sorrir cá para baixo. É poético e acho que é uma ideia reconfortante. Mas o mais provável é que não exista. Além disso, se as pessoas sobrevivessem à morte de alguma maneira e com uma forma não-fisica, estaria provavelmente ocupado com outras coisas e sem tempo de olhar e sorrir às pessoas cá em baixo.

E porque será que nunca ouvimos dizer que alguém sorri cá para cima? Calculo que ninguém acredite que um seu ente querido assentou arraiais no inferno. E, nesse caso, a pessoa em questão não estaria muito disposta a sorrir. O mais provável é que estivesse a gritar. «Sinto que está lá em baixo a olhar para nós e a gritar». As pessoas recusam-se a ser realistas. Eu também tenho uma ideia do Inferno. Chama-se Tertúlia Cor-de-rosa. O Cláudio Ramos anda por lá.