quarta-feira, 28 de março de 2007

QUERES SER INDEPENDENTE??


R: «Ahhh... Assim de repente??..Ahhh.. Epá... Não.»

Nos "estates" is not assim...

Nunca me tinha passado pela minha pouco sã cabeça invejar morar nos estates unaidus das Américas, mas parece-me que por lá os gajos resolvem as coisas de uma forma muito mais eficaz.
Ora bolas, depois de um fim-de-semana agoniante em que me armei no mais rude taberneiro imaginei-me a baldar as aulas e dormir que nem um abade, mas não é que uns marmelos se lembraram de arranjar os passeios da minha rua?? A ideia até nem é descabida, mas começar a esburacar ao pé da minha janela as oito da manhã fez-me ter a lúcida sensação que estes estavam muito bem como estavam… Tudo bem que a calçada tinha saltado, havia um buraquito ou outro…melhor, havia um que era o passeio todo…mas para mim estava bom! Para que fazer obras? E aquela hora?
Foi então que invejei morar na terra do tio Sam, onde tudo se resolve de uma forma rápida e inteligente…
Já lá vão dois dias e isto ainda aqui anda, parece-me que há trabalho para uma semana… Já mais de uma vez tive para sair de casa e agarra no martelo pneumático! A rua é pequena, num par de horas acabava com isto…
Lá está o nosso problema de falta de mão-de-obra qualificada…E depois as obras nunca mais têm fim!
Se eles amanhã voltarem acho que vou lá dar uma mãozinha…para acabar com isto de vez!
Claro que se até lá me chegar a casa o carregamento de caçadeiras de canos serrados e de granadas que comprei no ebay será mais rápido, mas com o martelo também vai ser giro!

terça-feira, 27 de março de 2007

Calem-se e tirem os chapéus

O costume de observar um minuto de silêncio antes de um evento desportivo para homenagear gente morta é absurdo. E arbitrário. Porque, se repararem bem, só algumas pessoas têm direito a este tratamento, É altamente selectivo. Por isso decidi que, quando chegar o momento em que toda a gente que morrer no mundo tiver direito a um minuto de silêncio, vou começar a levar a coisa a sério. Até lá, não contem comigo. É ridículo. Passo a explicar.
Imaginem que estão num estádio, preparados para ver acção, quando uma voz soturna interrompe a festa e anuncia em tom abatido:
«E agora, senhoras e senhores, pedimos que descubram as cabeças e se juntem a nós num minuto de silêncio pelos quarenta e três instrutores de dança mexicanos, feios, gordos e atrasados mentais que perderam a vida hoje de manhã num acidente de montanha russa na Feira Popular. Ao que parece, levantaram-se todos numa curva apertada e foram projectados para o céu frio da manhã. E, visto que eram mais pesados que o ar, caíram no telhado da Barraca da Barafunda, atravessando-o e aterrando sobre vários palhaços, matando-os a todos e esborrachando os seus narizes vermelhos para lá de qualquer reconhecimento possível. Julga-se que uma das vítimas foi o conhecido Batatinha.»
Ouvem-se risos entre a assistência. A voz prossegue:
«Senhores e senhoras, se acham isto divertido, se acham que é ocasião para galhofa e regabofe, peço-vos para se porem na posição de algum mexicano enlutado que possa estar sentado ao vosso lado nesta tarde. Tentem inverter a situação. Imaginem-se a visitar o México e a assistir a um jogo de corrida de lamas. Imaginem-se sentados num estádio, um taco numa mão e uma Corona na outra, preparados para ver acção quando uma voz taciturna interrompe a festa e anuncia em tom soturno:
«Señores e señoritas, pedimos que retirem os sombreros e se juntem a nós num minuto de silêncio pelos quarenta e três domadores de pulgas portugueses feios, gordos e atrasados mentais que perderam a vida hoje de manhã num acidente de roda gigante numa feira.»
A voz continua em espanhol:
«Ao que parece, a gigantesca roda gigante descontrolou-se e começou a rodar selvaticamente, projectando os pobres domadores de pulgas para o céu, nesta manhã quente e húmida. E, visto que eram mais pesados que o ar, caíram no telhado do Museu das Aberrações, atravessando-o, esmagando o rapaz com cara de cão, destruindo os seus brinquedos de roer e magoando severamente o Cláudio Ramos.
E digamos que, quando acabam de ouvir isto, dão convosco ao lado de um espertalhão mexicano de bigode farfalhudo que se ri e dá cotoveladas ao amigo. Sentir-se-iam furiosos com esta falta de respeito, não é assim? E com razão!»

Estão a perceber o que um anúncio destes implica? É difícil para alguém que está a ver algo emocionante entrar neste espírito melancólico e soturno. A não ser que seja feito pelo Badaró.

(Continua amanhã )

Desta vez ganhou o Tonico, da outra tinha sido uma peça de mobiliário onde vulgarmente nos sentamos

sexta-feira, 23 de março de 2007

Para que servem os telemóveis ou o ódiozinho crescente!

Eu odeio telemóveis! E cada vez mais.
Fizeram-me algum mal? Não sei, talvez, se a história das ondas for verdadeira, mas vendo bem, mesmo que isso seja verdade eu devo ser das pessoas menos afectadas, pelo pouco uso que dou àquela coisinha.
Claro que lhe vejo muita utilidade especialmente no que se refere à emergência médica, à alerta de incêndios e ao facto de, à falta de melhor, puder ser utilizado como arma, se bem que os antigos seriam bem mais eficazes...
Convido-vos a fazer uma experiência. Combinem com uns amigos um encontro num sítio qualquer, a uma determinada hora. Vão para esse sítio qualquer à hora determinada. Nos próximos minutos garanto-vos que vão receber mensagens e telefonemas a dizer: "olha estou atrasado"; "pá afinal não posso ir fica bem"; "atrasei-me bué mas conta comigo". Há uns anos atrás se calhar ficávamos pendurados na mesma, mas agora a regra de boa educação não é chegar a horas, mas avisar que estamos atrasados.
Não carrego o meu telemóvel desde Setembro e disse isto ontem a duas amigas que ficaram com ar de quem ouviu uma revelção de novela norte-americana.
Há 10 anos vivia muito bem sem este objecto e hoje também! Só ainda não me desfiz dele porque estou à espera de umas notícias, mas assim que as tiver adeus objectozinho parvo!

quarta-feira, 21 de março de 2007

Primavera

As borboletas voam delicadas pelo ar e as flores dão risadinhas patéticas porque as abelhas fazem-lhes cócegas. Os passarinhos tiram a poeira nas poças de água e as crianças correm pela relva atrás de um balão. O sol brilha reluzente e aproxima-se das pessoas que passam. Alguém diz: Mas o sol está estranho!? Oh não! Não é o sol, são os dentes do Paulo Portas. AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! Salve-se quem p...

terça-feira, 20 de março de 2007

Dúvidas existênciais

É extremamente raro a minha pessoa receber cartas. Hoje por mero de certeza não acaso recebi uma. Da EDP.

Acerto de contas diziam eles. Contador velho e com esclerose múltipla digo eu. Seja.
Abri o envelope. Os meus olhos depararam-se com uma quantia que se assemelhava com o PIB bruto de um pequeno pais da América do Sul.

Senti uma leve picada. O meu braço esquerdo ficou dormente. Nesse instante, vi-me envolvido num flashback ao melhor estilo Hollywoodesco. A minha vida inteira desfilava diante dos meus olhos. Depois de tudo isto, de sacar do Multibanco e pagar a conta, apenas duas coisas me permanecem como mistérios insondáveis para a humanidade: onde raios foi desencantar o sotaque a fingir alemão a ama da novela Floribela e mais ainda, onde foram desencantar os tipos que participam no reality show A Bela e o Mestre? Mas não se mancam? Será ali que toda a teoria da evolução meteu o pé na poça?

É que faz-me uma confusão…

sexta-feira, 16 de março de 2007

Floricienta


www.floricienta.com.ar/

quinta-feira, 15 de março de 2007

Como uma alface

Vou aqui confessar uma coisa da qual não me orgulho muito.

Hoje, um pouco depois da hora de almoço, vi um pouco do novo reality show da TVI: A Bela e o Mestre. Rapidamente o meu cérebro entrou num colapso sem precedentes e entrei em completa paralisia vegetal. Foram 2 a 3 minutos de pânico, medo e choque. Depois disso chorei. Chorei muito. Aliás, não chorava tanto desde domingo passado aquando da refeição em que mordi a minha própria bochecha. É que dói que se farta. Além de ser estúpido. Morder-se a sí próprio faz-me lembrar aqueles cães com ar ridículo a tentar morder a própria cauda mas enfim…

Lembrei-me que faz hoje uma semana que ocorreu o Dia da Mulher. Saí nessa noite um pouco para beber um copito e confraternizar. É fantástico a quantidade dantesca de mulheres embriagadas que encontrei nessa noite. Não via tantas desde o Dia da Mulher do passado ano.

Abaixo os jogos de ping-pong burocráticos!

sábado dia 10 de Março pling ideia
domingo dia 11 de Março pling, pling, pling muitas ideias complementares da ideia base.
2ª feira dia 12 de Março:
Eu- Estou sim, bom dia é para marcar uma hora com o Sr. Vereador da cultura e do desporto , por favor
Telefonista - Só um momento por favor, aguarde só um momento,... música ridícula... não é para este número é para o ... série de números... e peça para falar com a D. trlálálá que é a secretária do sr. vereador
Eu- Obrigada bom dia
Eu - Estou sim bom dia é possível falar com a D. Tralálá?
Telefonista - Aguarde um momento por favor... silêncio, sem música ridícula... A D. Tralálá de momento está ao telefone.
Eu - Obrigada então eu tento mais tarde.
mais tarde:
Eu - Estou sim bom dia é possível falar com a D. Tralálá?
Telefonista - É só um momento por favor...silêncio, ausência de música ridícula...Olhe ela continua ao telefone, é a mesma senhora de ainda há pouco?
Eu - Sim sou (dá-me sempre vontade de gargalhar quando me tratam por senhora, mas quando é por D. é pior já é ofensivo)
Telefonista - (embaraço na voz) pois, pois, é assim, pois,...olhe ela já desligou eu vou passar a chamada é só um momento
lá falei com a D. Tralálá e marquei a hora
Dia 15 de Março:
9.30h sair de casa
10.00h blábláblá com o Sr. vereador
10.20 a caminho de casa
Eu tomei a decisão de ir directamente falar com o vereador, para não andar de departamento em departamento a preencher 300 papéis, mas se foram necessários 3 telefonemas para poder falar com o homem durante 20 minutos, quanto tempo terei de esperar para saber uma resposta?

terça-feira, 13 de março de 2007

Um cremoso café expresso blá blá blá

Cenário: Café-Lounge armado em chique.

Situação: Eu completamente cheio de fome às 15 h de segunda-feira.

Descubro que o nome para um vulgar café foi substituído por: cremoso e fresco café dos mais puros grãos de uma suave mistura colombiana e árabe. Ok. Seja. Mas café ou bica para mim chegava depois de me refastelar com uma bela sandes.
É engraçado como a linguagem floreada chegou a alguns restaurantes e até a cafés. Acho uma imensa piada. Já repararam por mero acaso que já desapareceu das ementas (que até foram substituídas pelas sugestões de refeição) o belo Bife ou Bitoque? Homessa.

Têm que arranjar nomes engraçadinhos e alinhados para tudo. E eu adoro alinhar nestas coisas. Porque não usar a língua das ementas para fazer o pedido? Ein? Mas se o fizerem, têm que o fazer como deve ser! Nada de ler directamente da ementa. Em vez disso, devem decorar a descrição do que querem pedir com todos os pormenores e, a seguir, olhar o empregado directamente nos olhos e dizer:
«Queria o vosso suculento e delicioso bife feito da melhor carne seleccionada entre o gado que pasta livremente nas planícies alentejanas, levemente grelhado numa chapa do mais puro aço inoxidável, servido com o mais alvo e puro arroz colhido à mão e seleccionado bago a bago pelas mais argutas e puras mãos de trabalhadores do leste europeu que trabalham na zona da bacia do Sado, ao lado das mais crocantes batatas fritas em óleo 100% vegetal, extraídas do solo mais fértil de uso para agricultura biológica fertilizado com bosta proveniente do ânus das melhores vacas contaminadas por bactérias devoradoras de medula e carne». Vejam lá se isso não melhora de forma magistral o serviço?

Mas, para completar o pedido com o café, peço depois assim: «Não se importa de me trazer um copo cilíndrico e perfeitamente transparente, contendo alguns decilitros desse néctar insípido, inodoro e incolor a que convenientemente se decidiu chamar água?».

Costumam olhar-me de atravessado. Não sei porquê. Palavra.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Violência nas escolas, mas como deve ser ó fazfabor

Esta semana que passou houve um incidente numa escola que me fez sentir fora da cauda da Europa (o que quer que isto queira dizer, frase inventada por um jornalista dado às metáforas e plagiado diariamente por quase todos os seus colegas), um funcionário do dito estabelecimento de ensino ameaçou alunos e colegas com um machado, infelizmente para a TVI não houve qualquer desmembramento sanguinário. Fiquei muito contente por este senhor e perguntei-me: "Mas como é que ninguém se tinha lembrado disto antes?" Entusiasmei-me e pensei para quando uma cozinheira de cantina universitária, com uma varinha mágica industrial, a ameaçar um catedrático que se recusou comer a sopa toda?

domingo, 11 de março de 2007

Momentos inesquecíveis (infelizmente)

Momento deprimente:
Explicar à minha mãe o que é o clítoris e o que é um orgasmo.
Momento embaraçoso:
Ter que me esconder por baixo da cama no dia em que me chegou o período, porque o meu irmão (6 anos mais velho), andava atrás de mim a gritar:"Já tens o período, já tens o período!!!, acho que não houve vizinho do prédio e da rua que não ficasse a saber...
Momento ridículo:
Chegar a uma sala de aula cheia de colegas, carregada com uma maquete gigante, depois de ter pago uma fortuna a um taxista pouco simpático e ter umas olheiras de 10 metros por não dormir há mais de 30 horas. Agora a cereja: Todos pararam de fazer o que estavam a fazer e ficaram a olhar para mim, alguém disse: "Mas a entrega foi adiada para a semana!"
Momento de pura inocência:
O meu querido primo disse-me: "Olha vai perguntar ao teu pai... e depois segredou o que eu tinha que perguntar.
Eu - Paiiiii!
O meu pai - O que é?
Eu - Já alguma vez apanhaste no cu?
Resultado: uma bela chapada na cara e só muitos anos depois é que percebi o que se tinha passado...

sábado, 10 de março de 2007

RTP

As comemorações do aniversário dos 50 anos da RTP meteram-me ciscos nos olhos, tudo por causa das músicas dos desenhos animados e dos anúncios. O restaurador Olex, a pasta medicinal couto, a tinta stucomat, a cevada mucambo e as canetas bic (que ainda hoje, as de tinta azul, são as minhas preferidas) . O saudoso Vasco Granja... que raio de nostalgia que aquilo me deu.
Não vi tudo, mas o momento alto da noite cheira-me que foi a entrada espectacular do Rui Reininho, quanto à mais bem despida parece-me que foi a Isabel Angelino, que tinha mais dentes que tecido em cima. Também apreciei muito as luvas vermelhas da Dina Aguiar que desde que fez obras na cara parece aquele personagem da guerra das estrelas que é aparentado de batráquios.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Um leve divagar acerca de péssimismo

Costumam dizer que sou um perfeito pessimista. Errado. Quando olho para um copo com 50% da sua capacidade, não digo: Ena! Um copo meio vazio. Até digo: Olha! Um copo meio cheio… mas de veneno.
Toda a minha vida tive a sensação de que algo grande e sinistro se estava a orquestrar no mundo. A sério!
No entanto. É pura paranóia. Pura normal e vulgar paranóia. Julgo que todos os seres neste planeta a têm. Inclusive os gastrópodes: caracóis, lesmas e o Cláudio Ramos.
Talvez eu esteja velho e cansado mas as hipóteses de descobrir são tão remotas que o melhor a fazer é dizer “põe o sentido de lado e mantém-te ocupado”.
Cá para mim, preferia de longe ser feliz a ter razão em qualquer altura. Ai está o problema.
Nunca me engano e raramente tenho dúvidas.
E o pior é que vem aí outro Reality Show da TVI.
MEDO!!

quinta-feira, 1 de março de 2007

Bob o Construtor

Já sairam os novos brinquedos do Bob o Construtor! São fenomenais! Ofereça já um aos seus fedelhos! Faça os seus olhos brilharem amaravilhados! Faça com que deixem de dizer: quando for grande quero ser astronauta para quando for grande quero ser pedreiro!

Estes brinquedos que atingiram enorme sucesso em África e na Europa do leste há decadas atrás, estão agora presentes no mercado português!

a queda de um mito!