terça-feira, 31 de julho de 2007

Perfeitamente!

Há ainda quem goste de fazer coisas em vez de comprar imitações baratas, foleiras e sem qualquer valor orgânico. Quando se cria qualquer coisa o resultado não é só um objecto é muito mais. É como um retrato tirado num photomatom são todas as imperfeições de uma máquina específica que dão valor às fotografias imperfeitas que faz. Só há pouco tempo, depois de tentativas frustradas para atingir o que eu achava ser a perfeição, percebi que é na imperfeição que está o valor. Não há nada pior para um ginasta de alta competição do que falhar, isso é estar longe do 9.9, mas uma queda não os torna piores do que os outros e ajuda-nos a perceber que ali estão pessoas. Cada vez gosto mais de pessoas, e cada vez gosto mais dos seus defeitos irritantes, são verdadeiras fontes de inspiração. Viva a imperfeição!

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Corre agora, reza depois.

Não gosto de atletas que apontam para o céu depois de conseguirem um triunfo qualquer. Pior ainda são os que se ajoelham, baixam a cabeça e fazem questão de mostrar a toda a gente que são “crentes”. Que acreditam em Deus, Alá, no Buda ou na masculinidade do Cláudio Ramos. Sabem uma coisa? Deus não gosta dessa treta. Eu sei porque ele disse-me ontem. Não fica impressionado com exibicionismos espirituais. Sente-se envergonhado. Até diz: Levanta-te seu falso! Exibicionista do caraças! Levanta-te e presta atenção ao raio do jogo pá! Já percebi! Imaginem só a presunção desta gente ao pensar que Deus os está a ajudar e espera agradecimento. Um obrigado, quiçá até um funanáe um xi-coração. Corram agora e rezem depois. Deus está-se nas tintas.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

domingo, 22 de julho de 2007

Se o amor existisse...

... José Cid não insistiria em continuar a cantar, os semáforos seriam desnecessários e os passarinhos cantariam noite e dia (e depois caíriam das árvores com um esgotamento fisíco, ou com uma pedra certeira de alguém com sono leve).
A verdade é que o amor é uma das invenções mais diabólicas do homem. Vejamos: é suposto amar a Deus sobre todas as coisas, desculpa lá pázinho, mas eu gosto mais da voz da Nina Simone do que de ti.
Temos que amar mais a nossa família do que os nossos amigos, mas será mesmo assim? Vá lá sejam honestos, não há assim uns familiares que vocês gostariam de ver enviados em correio verde para o Turquemenistão?
No fundo o amor é uma carga de trabalhos para a consciência!
Ai e os filmes românticos e os americanos fazem-nos às centenas. Já cheguei a pensar que é uma das armas massificantes mais eficaz que existe. Ora a fórmula: menino conhece menina acontecem umas complicações e depois os fins com um beijinho à espera de um Oh!!! As maioria das mulheres que conheço saem do cinema a pensar: "Mas porque é que isto não me acontece a mim." O que é triste. Tenho uma certa pena dos homens porque aparentemente têm que ser românticos, sensíveis e dizer frases genialmente elogiosas, não podem olhar para as boazonas que passam na rua e têm que gostar de crianças, salvar animais em perigo e ajudar idosos a atravessar as ruas. Quanto às mulheres cabe o papel de ser bonitas e vá boazinhas. Os maus da fita destes filmes, não são maus, são irritantes, para que os achemos estúpidos.
Está bem, está bem o amor existe e eu já o vi por aí, mas não é nada bonzinho e fofinho é como as pessoas, tem dias!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

A gêmea e a gêmea a verdadeira estória

Nesta estória terrível não há bons nem mais ou menos assim assim. Há maus muito maus genes a ser propagados a uma velocidade assustadora de 3 grãos de polen por 500 metros lineares.
Há muitos anos atrás, no calor da noite, duas irmãs degladeavam-se no mesmo corpo por um único objectivo - Jorge Nuno o mais fantástico mancebo do reino do Dragão. Ele havia herdado o manto azul e branco e um dos seus irmãos de barba branca e longa era um feiticeiro poderoso, associado às morgues e às trevas.
Estas duas mulheres partilhavam um par de pernas, e uma cintura de vespa. Os problemas começaram quando cada uma dizia uma coisa, mas com a mesma cara de princesa Diana a admitir os seus problemas bulímicos e conjugais tudo de uma só vez para partir os corações de mulheres viúvas, aposentadas e com as dentaduras dentro de copos de vidro em mesinhas enfeitadas com naperons de uma beleza e utilidade inegáveis.
Uma escreveu um livro e a outra escondeu-se numa gruta nos confins do Douro, mas depois, como na famosa alegoria, viu a luz e decidiu falar à SIC, uma aterradora rival de sua irmã.
"AH AH AHHHHHH agora és tu minha baca que bais ter que me oubir!"
Enquanto isso Jorge Nuno contactava os seus homens fortes e congeminava a melhor forma de fazer com que tudo parecesse um acidente.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Pensamentos Dispersos Vol. XXIV

Dica de poupança energética (uma vez que parece que tá na moda agora): se tiverem idosos a viverem convosco, cortem no aquecimento, arrefecimento, e iluminação do sítio em que eles ficam. Os velhos estão sempre a exagerar no frio que sentem.

Até chegarmos a uma certa idade, não temos nada na vida que precisemos “ultrapassar”. É isso que a vida parece ser. Um processo continuo que envolve fazer coisas que queremos pôr para trás das costas.

Hoje em dia, há lutas fratricidas entre gangs nas ruas, nas quais as pessoas morrem pelo direito de vender uma coisa chamada “ecstasis”… Ironia? Não. Palermice.

Sempre que ouço fulano ou sicrano dizer que vive num condomínio fechado, recordo-me de Auschwitz.

Sempre que encontro um mosquito ou mosca morta no meu quarto, uma que não estivesse lá no dia anterior, ponho-me a pensar em como terá morrido. Penso se terá sido um enfarte ou um derrame cerebral no seu pequeno cérebro de insecto. Imagino como poderá estar a reagir a família. A seguir penso que, se calhar, está só a fazer-se de morta para me enganar. Então, mostro-lhe o meu nº 45 e esborracho-a.

Dica de saúde e da luta contra o envelhecimento da população: nunca, mas mesmo nunca despeje produtos químicos corrosivos sobre os testículos.

Esta afirmação é falsa.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Está provado

Está provado cientificamente que em situações desesperadas há quem grite.
Está provado cientificamente que até o Cláudio Ramos é uma espécie de pessoa.
Está provado cientificamente que se diz as coisas mais parvas e embaraçosas, quando se deveria dizer as mais inteligentes e perspicazes e engraçadas e extremamente geniais.
Está provado cientificamente que dos departamentos de finanças se sai sempre mais leve.
Está provado cientificamente que não se pode secar animais de estimação no microondas.
Está provado cientificamente que o calor do verão se deve aos gases libertados pelas ovelhas australianas.
Está provado empiricamente que a abstenção é elevada quando se fazem eleições em Lisboa em meses de férias de verão.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Selo Verde? Tá aprovado!

Acho um piadão à recente “Onda Verde” que invadiu os anúncios televisivos. Como é óbvio, não sou contra ele. Tudo o que seja a favor da natureza, do ambiente, eu sou o primeiro a dizer-me a favor. Mas é impressionante. Iogurtes biológicos patrocinados por hippies, fruta e legumes biológicos patrocinados por um elefante com um trevo na tromba acompanhado pela mais irritante música de toda a criação, sumos biológicos que apelam à economização de energia, papel higiénico biológico quando o que mais interessa nele é que seja macio e não semelhante a lixa nº2 para metais fundidos. O engraçado é que todo este palavreado afloreado vende. Vende tanto quanto as palavras fresco, natural, tradicional ou caseiro.
Quando dizem tradicional, querem que pensemos nos bons velhos tempos, não é? Os bons velhos tempos. Antes de ser obrigatório seguir as regras básicas de higiene. Antes de a limpeza estar na moda. Na altura em que o pano com que se limpava o rabiosque da vaca servia também para limpar as tetas desta. Quando ainda se consideravam que a Escherichia coli* e a salmonela ainda eram um condimento e que diarreias violentas eram castigos de Deus por pensamentos libidinosos.
Ao lado, no departamento de nostalgia, encontramos o rótulo caseiro. Podem ver pelas palavras nas prateleiras do hipermercado. Sabor caseiro. Pois. Sim… Oiçam o que vos digo: uma fábrica com milhares de metros quadrados não pode produzir nada que seja caseiro. Não quero saber que o presidente do concelho administrativo viva na cave, usa avental rendilhado, faça comida num fogão a lenha e vá fazer as necessidades fisiológicas atrás de um eucalipto. É impossível. E adoro ver rótulos de sopa pré-cozinhada que dizem caseira. Eu não me importo que a empregada de metro e meio viciada em anfetaminas com cabelo cor de laranja e a fumar três cigarros ao mesmo tempo seja parecida com a mãezinha. A sopa não é caseira. A não ser que a cozinheira e a família durmam e vivam na cozinha. E, nesse caso, perdi o apetite.
Comida caseira em hipermercados é um mito. Querem saber o que é realmente caseiro? Uma bomba de pregos, um cocktail molotov ou daqueles pauzinhos que fazem BUUUM que os tipos do médio-oriente atam à cintura. Isso sim é caseiro. Se precisarem de mais informações consultem o bloco de notas de qualquer membro da Al-Qaeda. Esses sabem fazer umas coisas à moda antiga.

*Espécie de bactéria presente nas fezes.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Kitchi! Kitchi! Vem mi buscá!!




Caso para dizer: Jovem! Mete-te no alcool e ficas como o Knight Rider (vulgo Justiceiro)! Mas sem Kit e uma boa probabilidade de desenvolveres uma valente cirrose... isso ou um contracto com a McDonalds.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Livro de instruções

Liberte a alavanca, aplicando pressão sobre o encaixe e apertando os parafusos. Pressione o botão e remova a cobertura de segurança. De seguida, rode a patilha para soltar a mola e continue a rodar para dar folga à espoleta. Afrouxe os parafusos na tampa da placa e insira os pinos na ranhura. Rode os dispositivo de controlo uma volta e meia antes de baixar as duas alavancas. De seguida, faça descer o suporte principal até atingir uma posição neutra. Tenha cuidado para não soltar a cobertura antes de accionar o encaixe. Ligue a ficha à tomada e está pronto a usar. Se a sala se encher de fumo, se a sua cidade ficar ás escuras devido a um curto circuito, se se soltar uma peça do aparelho a alta velocidade que decepe algum membro de um seu ente querido, leia a secção «Resolução de Problemas» no fim deste manual. Para as emergências disque 112 no seu telefone ou telemóvel. Para eutanásia não assistida, sintonize a SIC no seu televisor e assista a cinco minutos das Chiquititas.

domingo, 8 de julho de 2007

Live earth. Mundialito de futsal. 7 maravilhas do mundo

O fim-de-semana patrocinado por pasta de dentes COLGATE! Eu adoro a ASAE, gostava de ser uma inspectora da ASAE, porque pertencer à ASAE é ter as compras do mês feitas a custo zero.
- Oh môr atão já na temes pasta de dentes em casa!?
- Esqueceu-se-me. Deixa estar que daqui a pouque ligue ao Antunes e a gente fica garantides para um ane em pasta de dentes.
No Pavilhão Atlântico tinham feito falta uns quantos inspectores da ASAE, para fazer número porque aquilo estava assim para o poucochinho e era de graça...
Quanto ao mundialito UHuuuuuuuuuuuuu! Somos campeões eh leca sim senhor!!!!!!!!
Deixei as Maravilhas para o fim porque ... oh pá que barraca descomunal, desde a Mariza Cruz a degladear-se com um presidente de câmara por causa do microfone, até uma senhora de Guimarães a querer dar-lhe "um cá beijinho minha linda!" E depois os atrasos, um actor com dificuldades visuais a ler um discurso de um tipo que não chegou a horas, o atraso mental do Carreras a fazer o pior playback do mundo... E os comentadores, que atraso de vida: "Esta é a prova de que Portugal é capaz de organizar um evento deste tipo". É pá, já vi bem melhor por estas bandas, acho que este não será um bom exemplo para citar.
COM COLGATE TOTAL ESTE FIM-DE-SEMANA FOI UM CHAVASCAL!!!!!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Em busca de alguma lucidez

Depois das estações de comboios e outras paragens de transportes públicos, onde há mais gente demente é no resto do mundo...
Após uma hora (ou assim me pareceu) a ter um monólogo com um homem de discurso absolutamente esquisofrénico, fiquei exausta, tamanho foi o esforço para tentar encontrar ligação entre cada assunto. "No outro dia li um que quanto à forma me pareceu mais importante no enfoque da violência e depois recolhi sete sacos de papel..." e eu a ouvir e à espera que ele sacasse da sua motosserra portátil e me cortasse às postas.
Quanto ao meu vizinho de cima depois de uma temporada de internamento forçado voltou pior... E eu se acreditasse nalguma coisa rezaria para nunca ficar assim.
Loucura sim! Demência não por favor!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Acerca da morte e suas consequências

Ontem, Domingo, a TVI passou um filme pela 1456ª vez, o Titanic, abrilhantados pelo Leonardo DiCaprio e a Kate Winslet, olhei, vi por um segundo e mudei depressa de canal com receio de vislumbrar pela segunda vez o meu almoço. Durante grande parte do dia e da noite, a RTP 1 passou um concerto em memória da Diana de Gales e nós lá tivemos que papar com ele mas até nem foi mau. A princesa até era mesmo boa pessoa. Mas morreu. Triste. Mas é algo inevitável. A diferença é que ela pertencia à monarquia e era conhecida.

Não há forma de fugir à morte.
Será que a única razão pela qual morremos é porque aceitamos a morte como uma inevitabilidade? Não. Palermice minha. É que se me acabaram os comprimidos.
De qualquer forma, vejam como é útil a morte. Enriquece os agentes funerários, taxidermistas, hospitais seguradoras e um ou outro sortudo familiar do falecido de vez em quando. Já imaginaram a chatice que seria caso não existisse a morte? Alguma vez se deram ao trabalho de imaginar minimamente? Eu garanto-vos uma coisa: Não queria o Gengis Khan para meu vizinho.

E por falar em Titanic, imaginam o efeito que tal ausência da morte teria? Naquela ultima parte?

A Kate acorda em cima da tábua e vê o seu amor Leonardo completamente congelado e morto por hipotermia. Toca-lhe e este mergulha na direcção das profundas e geladas águas do Atlântico norte.
Nisto, regressa à superfície.
DiCaprio: Ah…. Sabes Kate…Ah….
Kate: Meu amor! Voltastes da morte para mim! Agora podemos casar! Comprar uma casa e criar seis gaiatos ranhosos, um periquito e uma cachupa!!
DiCaprio: Pois… É acerca disso. Olha… Isto que se passou foi só uma aventura. É que… Bem… Eu na realidade não gosto de ti. Aliás, odeio-te a ti mais esse teu sotaque irritante e esse feitiozinho britânico empertigado de quem não parte um prato. Além disso, já tenho uma amiga especial nos states que não faz metade do cagaçal que tu fazes durante o acto... Bem, então... Xauzinho ai.
E afasta-se nadando entre icebergs nas gélidas águas do Atlântico Norte debaixo do introvertido sol de Abril.

Além disso, além de não termos espaço para esticar os pés, com a qualidade dos canais de televisão que impera hoje em dia, arriscávamo-nos a ter o Adolf Hitler a apresentar algum tak-show no prime-time de Sábado.