sábado, 29 de novembro de 2008

Tem apenas mais uma hipótese para digitar o seu código. Caso contrário sairá um monstro verde da máquina que lançará um muco castanho repleto de vermes para cima da sua única roupa decente e que ainda não tem uma única nódoa ou marca de tinta acrílica ou ainda não parece um pano de limpar o pó de tanto uso e de tanta lavagem e secagem.
Há anos que tenho o mesmo código, mas por vezes dá-me umas brancas assim para o embaraçoso tipo toda a fila do supermercado a olhar para mim e a odiar-me por estar a gastar mais do que 30 segundos a fazer o pagamento.
Uma decisão imediata: preciso de comprar roupa, antes que a que tenho vestida se desintegre.
1º passo ir a lojas de roupa.
2º passo entrar em lojas de roupa
- Bom dia! Podia dizer-me qual é o preço daquela peça que está na montra?
Olhar de alto a baixo.
- Ah é muito cara.
Cá por dentro: A sério? E é cara para quem minha querida?
- Nesse caso muito bom dia e obrigada pela atenção.
Não é a primeira vez e tenho a certeza que não será a última que me acontece. Alguma coisa me diz que esta senhora não é muito boa comerciante. Mas isto sou eu que sou preconceituosa e fiquei a pensar isto logo na primeira frase que me disse.
Claro que perdeu uma potencial cliente.
3º e último passo - Catálogos. Uma das grandes invenções do século passado. Poupa-se tempo, dinheiro e parvoíces pelo meio.

domingo, 23 de novembro de 2008

A Sandíada

Hoje fiz a minha primeira grande viagem a conduzir.
Desde o ninho da passarada até Évora.- Só hoje? Indagam-se vocês. Sim. Só hoje. Porque foi ontem que me ofereceram um carro. Ofereceram? Sim. Porque, muito sinceramente, embora tenha carta, não tinha o mínimo interesse de conduzir. Sempre me ví no lugar de pendura. Tu conduzes e eu olho aqui prá paisagem. Sempre foi esse o meu modo de vida durante muitos anos, e, digamos, sempre me deu muitas vantagens. Especialmente relacionadas com beber e não conduzir.
Mas tudo o que é bom tem um fim.
Enquanto fazia a minha viagem, qual epopeia homérica, até apreciei certas coisas.
O modo consciente como muitos condutores agem ao volante de algo que tenha motor e consuma carburantes; o barulho que os gatos fazem quando tentam parar o meu bólide com a cabeça; e, especialmente, o modo como damos a volta a tantas regras de trânsito. Eu, da minha parte, lavo dai as mãos. Criei muitas coisas. Inclusive as cores do espectro solar à excepção do rosa. O rosa foi inventado pelo Cláudio Ramos.
A partir de hoje, garanto-vos algo: cada vez que o Papão se for deitar, vai espreitar para baixo da cama para ver se não estou lá.
De carro.
O boato é uma cena tipo ya assim para o coiso.
Há uns anos estive grávida. Como é que eu soube?
- Então estás grávida?
Eu - Não foi da feijoada do almoço
- Não a sério a não sei quantas disse-me que estavas grávida.
- Ah, então é porque devo estar.
Passado uns meses
Trim (som do telemovel a tocar)
- Tou!
- Estás bem? - voz aflita
- Sim tudo bem e tu?
- Mas estás mesmo bem?
- Estou óptima vou agora jantar a casa dos coisos.
- Mas...
- O que é que se passa?
- O teu pai está bem?
- Está, mas porquê, tu nem sequer conheces o meu pai.
- É que o pessoal estava a dizer que tu estás muita mal porque o teu pai está doente no hospital.
Depois contou-me todos os pormenores da doença prolongada e terminal do meu pai.
Tipo ok que cena se se diz por aí é porque é verdade!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

6 meses

Jorge Gabriel - 6 meses sem apresentar qualquer programa
Micael Carreira - 6 meses sem mostrar o peito
Margarida Rebelo Pinto - 6 meses sem publicar
Tim - 6 meses sem cantar
Patos bravos - 6 meses sem destruir
Galp - 6 meses sem variações nos preços
José Socrates - 6 meses sem tentar vender o Fernão
Lili Caneças - 6 meses sem botox
Manuela Ferreira Leite - 6 meses sem falar
Isto sim seria uma grande melhoria

segunda-feira, 17 de novembro de 2008



Penso que já falei aqui da minha admiração por Filipe Melo. Pois está a crescer. É um dos realizadores do Mundo Catita que vai estrear dia 23 na RTP2. Ontem foi apresentado o making off e UAU!!!

domingo, 16 de novembro de 2008


"Pela estrada fora eu vou bem sózinha levar bolinhos à minha avózinha, ela mora longe o caminho é deserto e o lobo mau anda aqui tão perto". Era isto que estava a cantar na minha cabeça, quando o homem que ía à minha frente no passeio faz aquele som pré-escarro. Não me franzo toda, nem penso ai que nojo porque há coisas piores. Desta vez não tive que me desviar de gosma, mas de sangue. Estava prestes a gritar: oh senhor, oh senhor olhe que deixou parte de si para trás, mas como o homem estava a tapar a boca percebi que sabia. Não era preciso informá-lo. Mas o que é que ele estava a evitar que fugisse? A última coisa que pensei foi: E se ele fôr o lobo mau?

quinta-feira, 13 de novembro de 2008


É impressão minha ou Isto é parecido com isto?

Estava a ouvir rádio e a pensar: Finalmente uma música do Palma sem ser a porra do Encosta-te a mim. E depois surge o All summer long. Sorri, afinal também a minha memória musical está a enfraquecer. Mas caramba aquilo andou-me às voltas na cabeça e fui ouvir a Rosa Branca. Continuo a achá-las muito semelhantes...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008



Prometo que não vou falar mais disto, mas agora não resisto. Como é óbvio a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues nunca esteve tão próxima. Só não foi encarreirada com os outros há dois anos porque desconfio que a sua demissão será usada como trunfo pré-eleitoral. O seu discurso arrogante cheira-me a ordens do género: Oh Lurdes não podes voltar atrás, olha a estatísticas. É claro que os professores têm que ser avaliados, nem é isso que está em questão, embora seja disso que se fale mais. Mas este sistema não é democrático. Quem avalia não é eleito entre os seus pares, o que significa que em muitos casos não será a melhor pessoa a fazer essa avaliação. O ambiente de trabalho que se está a gerar nas escolas pode ser muita coisa menos tranquilo. O essencial fica para trás. Eu quero bons professores nas escolas, mas eles já lá existem, este sistema não permite que professores jovens e excelentes ultrapassem professores mais velhos e medíocres. É por isso que, para mim, os sistemas que se baseiam em quotas dificilmente darão bons resultados.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Carregas e BUUUM!

O Obama ganhou as presidenciais, o Benfica levou duas na pá, o BPN vai ser nacionalizado…

São sem sombra de dúvida noticias que nos despertam a atenção mas não mais do que uma que lí há pouco tempo: a Al-Qaeda anda com falta de pessoal.

Anda com falta de pessoal para se fazer explodir, entenda-se.

É o mesmo de sempre: trabalho há, emprego é que nem por isso. E como a crise atinge tudo e todos, a rede do Osama lançou um anúncio virtual. Salário: setenta e duas virgens paradisíacas.

A coisa assusta-me deveras. E mais do que assustar, intriga-me. Assusta porque setenta e duas virgens deveriam ser o pesadelo de qualquer homem. E garanto que qualquer homem que diga o contrário só pode ser uma coisa: Parvo. E intriga-me porque tento imaginar a entrevista de emprego com o chefe da fanfarra e a coisa resume-se a dois segundos: «O senhor tem experiência no ramo?» «Nenhuma.» «Óptimo. Está contratado.»

Trabalhar como bombista suicida deve ser a única profissão no mundo que dispensa habilitações literárias ou currículos, o sonho de qualquer sociedade democrática e igualitária.

Anotem ai camaradas!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

MUDANÇA


O mundo festeja! E é mesmo o mundo! Há uns dias alguém me dizia: se ele ganhar acho que vou chorar. O meu cinismo não me permite esse tipo de emoções. Ele é político e é americano. ELE TINHA QUE GANHAR! Que esperança se poderia ter se assim não fosse?
Esperemos que a sua política externa não seja um desastre. Esperemos que o reforço militar que quer para o Afeganistão não traga consequências ainda piores, para esse país e para o resto do mundo. A retirada do Iraque em 16 meses ou amanhã não fará diferença. O Iraque está destruído, as pessoas abandonadas a políticos corruptos, religiosos extremistas e a um futuro já habitual nestes casos.