Num destes dias sucumbí à ideia de comprar algo que jámais me tinha passado pela cabeça.
Levantei-me cedo para ir a uma aulita.
Acabada a aula regressei a casa mas passei por um hipermercado para fazer as inevitáveis comprinhas do dia (pois não é só do pão que vive o Homem). Olhei para uma prateleira do dito estabelecimento: caviar.. A que raio saberá aquela mistela? Ovas de esturjões fémeas barbaramente chacinadas para que as élites a possam disfrutar numa tosta.. nã.. nem pensar! Não vou comprar...é caro comá porra! Mas está alí algo semelhante! Sucedãneo de caviar feito de ovas de capelão espanhol.. Vou comprar!
..e comprei tal mistela. Chegado a casa lá caí na tentação de a provar
Resultado: BLHAAAAAC!!! Se o caviar sabe a este merdum, pra que cacete gastam os ricos dinheiro nesta miestela? Enfim..
Resultado: joguei a embalagem para o lixo.
Nunca percebí algo que está intrinsecamente colado à mentalidade deste pais: ódio pelos chamados novos-ricos. São olhados de esguelha pelos outros. São como Silvas adinheirados, sem gosto ou classe. Só aparência.
Dor de cotovêlo é uma coisa muito feia.
Eu garanto que não me importava nada de ser novo rico.
Como lá diz o velho ditádo: Mais vale rico e saudável que pobre e doente..
terça-feira, 29 de novembro de 2005
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7 comentários:
Pois, essa moda de caviar é uma perfeita estupidez. foi algum parolo que se lembrou dizer que aquela melheca sabia bem e desatou tudo a exterminar os pobres dos bichos por um produto, que na realidade, por muito poucos é apreciado.
é a vida, uns comem bifanas e outros caviar... mas pelo menos a bifana sabe bem, ora a porra!
"joguei a embalagem para o lixo"? Queria só perguntar-te se estavas assim tão bebido quando escreveste isto? "Jogar"? Isso parece-me brasileirice a mais, mas tu é que sabes o que andas a fazer...
Mas lembra-te, quem te avisa, teu amigo é...
Perdoe-me a intromissão senhor juanito, mas devo dizer-lhe que a utilização do verbo "jogar", é bastante comum no vocabulário alentejano. logo, é um belo regionalismo e não uma brasileirice adaptada. quem diz "joguei a embalagem ao lixo", diz "joguei-me a ele e dei-lhe um enxerto"... por aí.
"joguei a embalagem para o lixo."
Não me interessa se é brasileiro ou alentejano, é difinitivamente mau. Então, além de desperdiçares comida, "colocas", indiferente, a embalagem no lixo! E a recolha selectiva de resíduos?
...Joguei a embalagem para o lixo. Mas foi para o lixo selectivo, para os objectos em vidro.
Pois, eu tenho consciência ambienta.
O Satanhoco tá que nem pode. É o que dá ir beber copos comigo.
Lole
no algarve também se usa o jogar como variante de deitar, botar, despejar.
Muito bem viva a reciclagem!
Quanto ao caviar, já provei não achei tão mau como peixe frito na cantina, mas não há nada como uma feijoadazita feita pelo meu pai, isso sim é que é comida de encher o bamdulho (vulgo forrar o estomago)
o que eu gosto mesmo é de umas mines e umas sandes de corato e de torresmo também...
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