
Enquanto Nelson Évora subia para a glória, emocionei-me. Emociono-me sempre com as vitórias e as derrotas dos Jogos Olímpicos, seja com um atleta do Turquemenistão, das Molucas ou de Portugal. Tenho ainda uma ideia romântica dos jogos, excluo a política, e fica a beleza do desporto. Mas como dizia, estava a emocionar-me e tinha uma lágrimazita prestes a cair quando oiço isto:
- Que pretinhe bonitinhe!
E foi-se o romantismo dos jogos, voltei à realidade do racismo parvinho e ainda colonialista e engoli frases revoltadas.