quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Toma lá castanhas

São Martinho de Tours era filho de um Tribuno e soldado do exército romano. Nasceu e cresceu na cidade de Sabaria, Panónia (atual Hungria), em 316, sob uma educação da religião dos seus antepassados, deuses mitológicos venerados no Império Romano, aos 10 anos de idade, entrou para o grupo dos catecúmenos (aqueles que estão se preparando para receber o batismo). Aos 15 anos de idade, e contra a própria vontade, teve de ingressar no exército romano e dirigir-se para a Gália (região na atual França). Aos 18 anos abandonou o exército pois o cristianismo não comportava mais suas funções militares. Foi batizado por Hilário, bispo da cidade de Poitiers. Um dia um mendigo que tiritava de frio pediu-lhe esmola e, como não tinha, o cavalariano cortou seu próprio manto com a espada, dando metade ao pedinte. Durante a noite o próprio Jesus lhe apareceu em sonho, usando o pedaço de manta que dera ao mendigo e agradeceu a Martinho por tê-lo aquecido no frio.

Ok. Chega de patranhas. Analisemos de um modo crítico e construtivo.

Um indivíduo encontra um mendigo nu a tiritar de frio. O outro está todo vestido e ainda tem uma capa quentinha. Ora bem. Que faz? Corta a capa ao meio. E eu pergunto-me: há direito a meia santidade? É que se houver, é o que ele merecia, uma vez que um tipo catita ter-lhe ia dado a capa, a roupa, o cavalo e até as senhas de almoço da cantina do exército. Quanto ao Verão de S. Martinho? Bem vindos ao Aquecimento Global.

2 comentários:

Senhor Indivíduo Satanhoco disse...

Acho que nunca te tinha dito isto, mas gosto especialmente do teu sotaque quando falas sobre assuntos históricos. E isto acontece até quando o fazes numa mesa de café. Encarnas uma personagem especialmente cativante mas que tem algo que hipnotizante, creio que é o sotaque Brasileiro. É baita da Legau cara. Ocê é gentxi boa.

cerise disse...

Há certamente uma aspiração de expansionismo dissimulado no Sandes. É a única pessoa que conheço com a capacidade de consagrar a uma teoria demente o rigor de uma explicação científica. Diria que herdou o génio dos grandes criadores dos-ismos que quase conduziram ao fim da espécie humana no séc. XX.