sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Uma questão de estilo…

Nos últimos dias dei por mim a pensar em todos os casos, intrigas e noticias sobre José Sócrates, um tal de primeiro-ministro.
É fantástico o que já se disse sobre tantos casos, foi ai que me apercebi do potencial de tais novelas, acho que estamos perante duas possibilidades quem de tão ridiculamente complexas não caberiam na imaginação nem do Tozé Martinho nem por outro lado, do José Pedro Vasconcelos.

Como disse as possibilidades são duas, e se ao bom estilo de Tozé Martinho o Zézinho seria interpretado pelo inigualável coitado da cena novelesca, Pedro Granger, acho que o próprio não iria aceitar o papel. Tudo bem que ele é um sofredor em todos os papeis que desempenha, já morreu 24 vezes numa novela, foi espancado e namorou a irmã que não era irmã mas afinal não sabia e secalhar não era irmã. Mas o sofrimento tem limites… ninguém aguentaria um episodio inteiro sem ter vontade de cortar os pulsos devido ao Sofrimento do coitado injustiçado.

Por outro lado, numa visão mais “gangster” criada pelo José Pedro Vasconcelos não consigo encontrar o actor ideal, apenas sei que a Soraia Chaves ia ter uma cena escaldante. Mas mesmo assim ia ser complicado meter em 3horas de filme tanta trama, acusação, complicação, pressões, diz que disse, familiares, escutas, compadrio, percurso académico e profissional. Teria de ser algo mais no género de Coppola dividido em 3 capítulos. E aí também ninguém iria aguentar todo o filme sem vontade de comprar uma caçadeira de canos serrados e obrigar ao exílio toda a massa política do país.

Com o moderado respeito por qualquer um dos dois, acho que ambos não seriam capazes de criar tamanha trama, isto é um caso inimaginável até para estes gurus... Mas ambos se estarão a roer de inveja da massa jornalística por se estarem a intrometer no seu trabalho. Seja qual for o resultado ou produto televisivo…

Eu para mim encontro-me mais optimista de uma versão de Manuel de Oliveira, tem de tudo, toda a gente diz que é bom e recomenda, mas é demasiado “chato” e no fundo até os que viram não conseguiram tomar a devida atenção.

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