sexta-feira, 29 de maio de 2009

RETRATO DE MÓNICA

Há uns anos atrás uma senhora chamada Sophia monte de nomes chiques Andressen escreveu um conto exemplar com o título: Retrato de Mónica. Aquele é um documento político-social que, lamentavelmente, será sempre actual.
Este é o meu retrato de Mónica
Anda com a certeza de que a admiram, mesmo quando não está ninguém por perto. Ela não é a fundadora da Associação Internacional de Mulheres Inúteis, ela é A.I.M.I. A arte maior é queixar-se de coisa nenhuma e de tudo. Nada é excluído porque tudo lhe dói se não é da sua vontade. Mónica critica a maneira de vestir dos outros porque não é a sua, mas se alguém se veste de forma semelhante recebe uma crítica ainda maior. Mas isso não acontece, ninguém se veste assim, porque todos têm um minímo de sentido prático. Mónica come com as mãos, mas poderia comer com os pés, porque Mónica não come. Uma senhora não come, uma senhora bebe qualquer coisa e toma vitaminas. Mónica sorri da infelicidade dos outros porque isso a enaltece por comparação. Mónica é infeliz, mas não sabe porque não pensa nisso. Mónica não pensa porque isso cansa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Hello. And Bye.