terça-feira, 22 de agosto de 2006

Acampar é lindo... o contacto com a natureza é bom... mas...

Nesta altura do ano em que o Sol aquece a mioleira a um gajo as praias começam a ficar cheias... é então nesta altura que o pessoal troca de morada e se muda para as habitações de luxo que durante todo o ano gabou junto dos amigos... Por exemplo, grande percentagem de moradores da grande Lisboa tem uma casa na costa da Caparica, daquela com um avançado, equipadas com fogão “camping gaz”, telha de lona e com um relvado plástico e verdinho todo o ano sem regar... claro está que estou a falar de campismo, a minha morada nas ferias... mas eu sou mais humilde e ainda não ganho para tantos metros de lona, lá me abrigo no belo do iglo...
Os parques de campismo são locais unânimes, onde se encontra gente de todo o tipo... muito procurados por pessoal jovem que procura o convívio são também o habitat natural dos Silvas, espécie de família tradicional composta por pai, mãe, filhos, avós e cão...Todos eles histéricos, que se alimentam de sardinha assada e entremeada... Estes seres não possuem predadores, mas têm nos mais jovem e noctívagos presas fáceis, imunes ao rolar das rolas e devido as quantidades astronómicas de álcool ingerido na noite anterior indiferentes para com o calor criado sob as lonas das tendas, o pessoal das tendas minúsculas como são conhecidos pelos Silvas, são normalmente alvos da sua inveja!
Assim, Os Silvas, logo pela manhã soltam os seus lindos rebentos para jogarem a bola pelo parque de campismo e darem motivos as mães para com aquela voz esganiçada repetirem vezes sem fim o seu lindo e longo nome num tom extremamente alto e agudo. Depois, os machos juntam-se em grupo com os machos vizinhos e falam de assuntos estúpidos enquanto passeiam pelo parque... o assunto pode ser o novo avançado, ou até mesmo a melhor forma de acender o assador, o importante é que isto se passe o mais junto possível daquela malta que ainda consegue dormir...que resiste!
Mais tarde, os jovens noctívagos já fartos de tanto barulho acordam e saem das tendas...é ai que surge por todo o parque de campismo um agoniante cheiro a sardinha assada que é como uma forma de festejo! Um ritual de dever cumprido, já não há uma única pessoa a dormir no parque de campismo!
A essa hora toca também o recolher para as crianças, para que almocem e durmam a sesta, para quando derem as 17horas os transportem até á praia e eles com a ajuda das suas bolas de futebol ponham todo o areal a sobressalto...não vá algum jovem noctívago se armar em esperto e tentar passar pelas brasas debaixo do guarda sol!

Acampar é lindo, o contacto com a natureza é bom...mas se pensa que as formigas e as aranhas são os únicos seres indesejáveis que pode encontar mais vale apanhar sol na varanda e não sair de casa!



p.h. & mi

4 comentários:

dusty disse...

Sim, sem dúvida. quem faz campismo deve ter perfeita noção que o descanso é uma condição muito relativa. seja nos parques de campismo oficiais, seja em festivais, em que é praticamente impossível dormir mais de 20m seguidos, seja pela música e algazarra constantes, seja pelo traseunte inebriado que nos cai em cima da tenda(...). Para não falar no extermínio impiedoso de todos os pequenos ecossistemas daquelas àreas em apenas 4 dias.
Mesmo assim anseio pela noite de campismo selvagem que se avizinha, minis, dança da chuva, o sandes equipado com 5 canas de pesca e uma faca-de-mato para mais uma infortuita sessão de pesca à carpa...

dusty disse...

maldito -n .

Sandes de Choco c/mortandela disse...

Chato chato +e obrar de cócoras.

dusty disse...

O termo é "à bruce lee". Não é assim tão mau, após 3 ou 4 dias fica-se com as coxas bastante tonificaditas.