terça-feira, 10 de abril de 2007

Feliz dia do enxerto no barbaças

O fim-de-semana português dominado pelas amêndoas, folares, cordeiro assado no forno (lembro-me que há uns anos, nasceu um borreguinho no dia 25 de Dezembro que baptizei de Jesus… o pobre foi morto pela Páscoa também… chorei muito. Chorei. É que estava divinal com aquelas batatinhas novas assadas e com aquela magnifica salada de agriões. Era de comer e chorar mesmo por mais!), visitas de família e etc já terminou. Só hoje me senti mentalmente capacitado para me debruçar nesse assunto. E tenho que falar.

Partilho convosco uma reportagem televisiva típica da época Pascoal.

«Hoje é Sexta-Feira Santa, feriado observado pelos Cristãos como o dia da celebração da crucificação de Jesus Cristo (vulgo J.C.), filho do Deus, cuja morte redimiu os pecados da humanidade.»

E isto é a história como deveria ser descrita:
«Hoje é Sexta-Feira Santa, feriado observado por entusiastas de Jesus em todo o mundo como o dia em que a popular figura barbuda, ocasionalmente referida como “o Messias”, foi alegadamente crucificado e (de acordo com a lenda) morreu pelos alegados pecados da humanidade. O dia de hoje dá inicio a um fim-de-semana “santo” que culmina no Domingo de Páscoa, dia em que se acredita que este “salvador” morto (que além disso, dizia ser filho de um ser invisível que habitava no céu chamado Deus - é caso para dizer que de nada serviram as cunhas…) terá “ressuscitado” misteriosamente.
De acordo com a lenda, ao oferecer-se para ser morto e aceitar levar a coisa até ao fim, Jesus terá salvo toda a gente que já viveu (e mesmo toda a gente que viverá um dia!) de uma eternidade de sofrimento numa zona ardente popularmente conhecida como inferno desde que (ainda de acordo com a história) o aspirante à salvação acredite piamente nesta história mirabolante.»

Isto sim é jornalismo imparcial.

1 comentário:

dusty disse...

Com o passar dos anos a minha percepção das épocas festivas resume-se cada vez mais a: encher o bandulho. A par da família reunida. E isso é coisa que eu respeito, mas a verdade é que nestes contextos, o que uma só pessoa come numa refeição serviria para alimentar metade de África.
Não entendam isto como crítica, que eu cá também não dispenso a tarte, mas enfim, é estranho.