domingo, 13 de maio de 2007

Velas? Caminhadas a pé? Nã! Obrigado.

Hoje é dia 13 de Maio.
Dia do aniversário de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal.

Acho que lá para os lados de uma pequena freguesia de Ourém, algo também se passa. Vendem-se velinhas e imagens de santos, as pensões e hotéis estão cheios, os restaurantes abarrotam pelas costuras e até se vendem as sandes de courato com uma semana e eu, enquanto refasteladamente deitado no sofá, enrolando um borrié entre o indicador e o mindinho, lá tenho que papar com a procissão das velas nos quatro canais. Palavra que até preferia a “Tertúlia Cor-de-rosa” a isto. Se calhar não. Devo estar a exagerar. É de ver tanta vela.
O que é estranho é muitos indivíduos terem feito a viagem até lá a pé. Isto é um verdadeiro indicador do estado económico do país. Devemos estar mesmo mal de finanças para nem haver dinheiro para um bilhetinho de autocarro. Fátima abarrota com gangs de pinguins mal dispostos e de gangs de padres, frades, freis e outros que tais. Quiçá até lá esteja o professor Bambo e outros conselheiros espirituais.
Não percebo deveras esta gente que se auto-intitula de “conselheiros espirituais”. Essa parte é que me custa ainda mais a engolir. Até mesmo mais do que o Cláudio Ramos seja mesmo pai. Como pode alguém aconselhar o espírito? O espírito não é algo extremamente pessoal e íntimo? Não é, pela sua própria natureza, algo que escapa à definição e, sobretudo, a qualquer análise? Que tipo de conselho é que um papalvo que dedicou toda a vida ao engano da religião e a olhar crianças com pensamentos libidinosos pode dar acerca do espírito? A mim cheira-me a vigarice.

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