quarta-feira, 9 de maio de 2007

A nossa música...

Há quem ache que romantismo é copiar momentos de filmes românticos e costurá-los em mantas de retalhos. Como na vida não somos acompanhados por música há quem diga: "Estás a ouvir môrzinho é a nossa música".
Mas a verdade é que eu adoraria em certos momentos ser seguida por uma banda ao estilo Kusturica, especialmente depois de dar uma resposta como deve ser. Há uns dias fui falar com um SENHOR CAPITÃO para pedir autorização para usar um espaço, blá,blá,blá e às tantas o homenzinho (e isto é puro veneno porque ele era bem capaz de ter 1,87 m) diz-me: "Sabe eu pedi para falar consigo, porque isto de falar com artistas nunca se sabe o que nos espera, pois são pessoas que vivem no mundo da lua." Eu tenho a certeza que a minha expressão facial dava para congelar o Deserto Saara, mas tive que dizer :"Eu não acho que viva no mundo da lua e nunca faria nada disto sem pedir a devida autorização" A verdade é que saí de lá vencedora, deu-me autorização para fazer tudo e eu senti os saxofones e trompetes atrás de mim, só não comecei a dançar na rua porque isso é esquisito.
Mas se isto tivesse sido num filme e eu não precisasse da autorização dele teria dito: "Isso é tão estúpido como dizer que todos os militares são arrogantes e potenciais assassinos" E aí dançaria nas ruas com um ou dois olhos negros.

5 comentários:

Anónimo disse...

Até estou a imaginar uma ruiva de cabelo ao vento enquanto é seguida por uma banda à Kusturica nas ruas da grande metrópole algarvia...
Há uns anos talvez nem respondesses, muito bem gostei de ver.

Anónimo disse...

Mas você tem de ver ver que militares são, efetivamente, todos arrogantes e potenciais assassinos e que, se artistas não vivem no mundo da lua, nesse mundo aqui é que não estamos, no mundo comum cotidiano simples ces't la vie fazer o quê? não é onde ficamos mesmo.

Fingido disse...

ASSIM É QUE TRAMBOLHO... mas fiquei c uma dúvida: és artista de rua?

Anónimo disse...

Não, quer dizer ainda não. É que eu vou fazer uma exposição numa galeria que está, vá-se lá entender porquê, sob a tutela do Ministério da Defesa. Quer dizer eu sei porquê. O edifício é o antigo mercado de escravos, que pertence, juntamente com mais uns quantos, aos militares há mais de 200 anos. Agora parece-me que a sensibilidade artística do senhor que está à frente da galeria é assim para o minúsculo.

Anónimo disse...

ah valente!