segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Funerais

Já fui a umas boas dezenas de funerais e hoje fui a mais um. E tenho que confessar que os funerais dão-me vontade de rir.
Há muitos anos, no funeral de uma das minhas avós uma senhora esmagou o silêncio para contar à sua amiga do lado o seguinte: "Noutre dia ía inde na rua e caírem-me as cuecas no chão." Eu e a minha irmã olhámos uma para a outra e só não se ouviram as nossas gargalhadas porque as engulimos a muito custo.
Hoje o padre inspiradíssimo disse que:"Todos vamos morrer um dia!
Pouco depois uma senhora disse-me: "Olá como estás, há tanto tempo que não te via! É preciso acontecer uma coisa destas para a gente se ver." Outra confundiu-me com a minha irmã, que infelizmente teve que sair mais cedo, e eu corrigi e disse o meu nome ao que ela reponde: "Não, então eu não sei quem tu és?" Tentou convencer-me que eu só podia ser a minha irmã... E uma boa meia dúzia falaram de mim a cinquenta centímetros de distância como se eu não estivesse ali, se calhar fui eu que morri e não sei.

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