quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Leis novas - comportamentos novos?

"Inspector-geral da ASAE fotografado a fumar com lei já em vigor". Sim têm que dar o exemplo e têm que ser melhores pessoas que nós, aliás têm que ser perfeitas! Um agente fiscalizador tem que ser uma máquina. Ele fumou uma cigarrilha! Não estou aqui para defender o senhor que nem sequer conheço e que pode muito bem ser uma besta, mas acho isto tudo rídiculo.
Parece-me que há alguns exageros na lei. É proíbido fumar nos centros comerciais. Nunca vi ninguém a fumar dentro de uma loja, o que me parece muito bem, mas não ser permitido fumar nos corredores de um centro comercial, não percebo.
O resultado da campanha de Escolas sem fumo foi um ajuntamento de funcionários, professores e alunos nas entradas das escolas com um ar sôfrego de agarrados. Mas parece que o balanço até foi positivo, fumar está fora de moda entre os adolescentes, o que está in são as bebidas brancas.
Há umas semanas na capa da revista Única do Expresso estava Miguel Sousa Tavares a fumar e na semana seguinte, na mesma revista, a carta de uma senhora muito indignada com esse facto. Dizia ela que "era um péssimo exemplo para os nossos jovens". Detesto estas indignaçõezinhas. Mas o homem é algum pai da pátria? E já estou a ver todo aquele número enorme de adolescentes que lê o Expresso a pensar: "Eh pá se o Miguel fuma também quero para impressionar o pessoal"
Fumar é crime, fazer um aborto não (e não estou a falar de qualquer aborto, estou a falar dos abortos "ups não usámos qualquer tipo de contraceptivo e prontes".
Parece-me que as prioridades e as formas de luta estão cada vez mais estranhas, como o pai natal espanhol que este ano não usou a almofada/barriga para dar o exemplo às crianças, para terem uma alimentação mais cuidada.
A proibição pode alterar alguns hábitos, pode até fazer com que algumas pessoas deixem de fumar, mas eu defenderei sempre as campanhas de informação. Então no que diz respeito à educação sexual há um atraso tão grande e tabus tão rídiculos. Já agora faço publicidade ao fantástico trabalho da Raquel Bulha e do Quintino Aires no programa "A hora do sexo" na Antena 3. São poucos minutos diários de conversas absolutamente despudoradas e esclarecedoras.

5 comentários:

LS disse...

quero desejar aos autores e a TODOS os leitores deste blogue um ano 2008 com muita saúde, emprego e muita PAZ entre TODOS e que TODOS consigamos uns de uma maneira outros de outra ajudar Portugal na procura da tão desejada retoma económica e social.

Anónimo disse...

Saúde e paz é bonito, faz sempre falta. Agora essa trama de patriotismo renascido já cheira mal. Retoma económica e social à minha custa, dispenso.
Trambolho, embora seja não fumadora também acho a lei um pouco rígida. Fumar é feio há muito tempo mas agora está na moda dizer.

Anónimo disse...

em cima diz que fui eu. dislexia.

Anónimo disse...

O texto já estava a ficar e ficou grande demais, mas na versão original eu sublinhava o facto de nunca ter fumado na vida, nem sequer uma passa. Não faço a miníma ideia do que é ser dependente de uma substância (vá, passei uns meses agarrada a nozes e de outra vez a amendoins, mas como foi fácil deixar se calhar não conta como vício).

Irrita-me as pessoas dizerem que acham muito bem que a lei seja radical! Pois a mim não me agrada a ideia de que, na próxima ida a um wc de um centro comercial, vá sair de lá a tresandar a tabaco.

E mais nas notícias falam em incentivo à denúncia dos prevaricadores! Aqui nem comento...

Anónimo disse...

Yay. Viva a inquisição.