segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Queres compaixão?

Hoje, depois de sair das aulas, fui às compras a uma conhecida cadeia de hipermercados cujo nome em inglês é algo tipo Sweet Drop. Na fila estava um deficiente. Tentei ajudar. E TRUZ!!! Não vou embelezar o palavreado porque as coisas são assim como as digo! Normalmente, sinto compaixão por estas pessoas. Acho que qualquer ser humano que seja minimamente racional (exacto! Descobri há uns tempos que o raciocínio não é comum a todos os seres humanos) sente realmente compaixão. E qual é a 1ª coisa que eles me dizem? Não quero a vossa compaixão! Ai sim? Ok. Que se lixe. Não há compaixão para ninguém.

Já agora, se houver deficientes a ler isto, não estou a falar de vocês, sim? Estou a falar dos outros deficientes que jamais irão ler este post. Por isso, mantenham a calma e não comecem a rebolar nas vossas cadeiras de rodas eléctricas. Tenham calma. Eu estou do vosso lado.

Para mostrar que tenho coração, vou começar por referir alguns pontos positivos dos deficientes, está bem? Em primeiro lugar, gostava de referir os espaços reservados para estacionamento. Isto foi uma ideia bestial. Acho que a maior parte das pessoas concorda comigo que os espaços reservados para deficientes dão imenso jeito. Estão sempre perto da entrada e da saída quando estamos com pressa e não podemos perder tempo. Outro ponto positivo são as espaçosas casas de banho públicas também reservadas para deficientes. Outra ideia excelente. Têm tanto espaço para uma pessoa se esticar que mais parece um ginásio. Dá para fazer flexões, treinar kickboxing, ensaiar uns passos de dança, etc. Às vezes até trago farnel. Nada de muito elaborado. Só um bom naco de presunto de porco preto, um bom paio alentejano, pão alentejano de Martinlongo (só para bons entendedores), um queijo de Serpa e uma garrafita de um bom vinho tinto alentejano.

Depois de nos fecharmos lá dentro, podemos fazer o que nos der na telha. As únicas limitações são o bom senso e a preocupação com a segurança pessoal. Uma vez, convidei uns amigos para jogar às cartas durante toda a noite numa destas casas de banho. O lado bom, é que quando um dos jogadores tem o Sr. Castanho à porta, não precisa de sair de jogo. Basta trocar de lugar com o que está sentado no trono de porcelana e tratar do assunto. Uma maravilha.

2 comentários:

Anónimo disse...

Para mim, a melhor parte foi esta: "Por isso, mantenham a calma e não comecem a rebolar nas vossas cadeiras de rodas eléctricas. Tenham calma. Eu estou do vosso lado."

ahahahaha

Diana disse...

eu gostei mais do final :P