quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Filão de Ouro

Eu não sei se repararam, mas, passa uma nova novela na TVI chamada “Doce Fugitiva”, não quer isto dizer que seja uma coisa má ou ruim. Até acho que é uma coisa boa, catita, baril. Tal como acontece no ensino, excesso de professores, levou o governo a tomar uma medida chamada «Reciclagem», Porquê reciclagem? Porque é realmente uma reciclagem, embora não transformem os professores em boiões, nas garrafas mais catitas do supermercado ou no para-lamas da bicicleta da tia; tornam-nos aptos a exercer outra qualquer profissão (das quais toxicodependente, dealer e chulo são as mais escolhidas). Estas novelas são emprego para antigos elementos dos “Morangos com Açúcar” o que só pode ser benéfico. Imaginaram que daqui a dez anos, precisavam de uma daquelas “massagens” anunciadas no Correio da Manhã e aparecia uma destas actrizes desempregadas de cigarro ao canto da boca e a trautear êxitos dos D’ZRT? «Olá, chamo-me Maria Alice, sou a sua massagista esta noite e já me deve ter conhecido da pseudo-estupido-novela “Morangos com Açúcar» … Mas enfim. No entanto, por mais que me custe admitir, sempre é melhor que a «Floribela» da SIC. Isso sim dá-me que pensar. Sem dúvida que as letras das músicas são engraçadas, o refrão mete-se pelo ouvido a dentro… Sem dúvida alguma! Mas isso para miúdos dos 4 aos 12 anos! Caso és um dos estranhos indivíduos com mais de 12 anos e não te chamam especial em exagero, epá, muda de blog!

Sem dúvida que agora existe uma luta cerrada entre a “Floribela” e a “Doce Fugitiva”, e, vá-se lá saber porquê, em ambas a principal é pobretanas, canta que nem uma cana rachada para mal dos nossos ouvidos, vai trabalhar para casa de uma família de órfãos ricos e o mais velho destes é o alvo da libido desta. Eu não sei.

Julgo que é apenas uma perfeita casualidade. Ou moda. Não sei. Quiçá palermice contagiante.

4 comentários:

dusty disse...

Aparentemente o que está a valer é um retorno aos valores tradicionais (meninas bonitas, puras, ignorantes,sem dinheiro, que acreditam na virgem e no menino, e servem de amas-secas a orfãozinhos ricos), com uma pontinha de rebeldia (grupos rock, motas) e um final perfeitamente desejável e credível(as meninas casam-se e engravidam aos 20 anos).
Vejo um futuro de crianças autistas que falam com àrvores.

Senhor Indivíduo Satanhoco disse...

O pior nem é falar com àrvores, o pior é acreditar em fadas madrinhas!!! ainda outro dia ouvi um puto da primaria a contar aos amigos que tinha uma madrinha que dava grandes fadas! Por acaso não sei se ele era autista ou baixista...secalhar nem era musico!

Senhor Indivíduo Satanhoco disse...

Grande Sandocha.
Tudo isto é uma consequencia...quando passou o Anjo Selvagem na TVI não houve ninguem a oferecer-se para arrear uma valente carga de porrada á trinca espinhas, agora pumba...lá temos de levar com o mesmo guião!
Esperto foi o gajo que escreveu a historia, esse sim fez uma reciclagem e já a vendeu tres vezes...

Anónimo disse...

Há muitos anos as histórias eram relatos de princesas bonitas que se casavam com pobrezinhos bonzinhos que as salvavam de doenças desconhecidas. Depois passou a meninas pobrezinhas e desgraçadas, mas muito boazinhas que casavam com princípes. Entretanto os dinossauros extinguiram-se com a ajuda de uma manta de amianto. Depois surgiu Hollywood a música no coração e a Pretty woman, depois as telenovelas sul americanas que levaram o conceito de pobrezinhas e desgraçadas ao limite. Agora é como dizes uma reciclagem, em que se mistura o papelão com o vidro na tentativa de fazer plástico. Fórmulas antigas que pelos vistos resultam. Ontem confesso que assisti a uma das reciclagens mais disparatadas do universo, na floribella há agora um grupo de armários que andam à pancada para descontrair, num género muito mal amanhado do figthclub.