quarta-feira, 30 de abril de 2008

O que come uma família durante uma semana


ALEMANHA

ITÁLIA

EQUADOR

CHADE
Cresci a jantar enquanto via crianças a morrer de fome, essas imagens parece que já não vendem e por isso já não passam nos telejornais. Mas por não as vermos não quer dizer que não continuem a existir. A mim pouco me importa se não está ninguém na floresta, as àrvores fazem sempre barulho a cair. Nas últimas semanas as notícias são alarmantes, podem culpar a produção do bio-combustíveis, mas a fome existe porque não há um verdadeiro interesse em acabar com ela. O Banco Alimentar Contra a Fome, em Portugal por exemplo, já alimenta pessoas empregadas que têm carro e casa e empréstimos. A fome não é um problema dos pobrezinhos de África. A fome não é uma vergonha, é um crime! O que me impressiona mais nestas fotografias nem é tanto a diferença evidente de quantidade de produtos, mas a quantidade de àgua dispónível para uma semana, para uma família. Li e reli relatórios sobre a desertificação em África e assisto às migrações, que tanto assustam esta Europa de Direita. As migrações são a solução básica que se repete ao longo de milhões de anos de evolução, não há alimento aqui, então temos que o procurar noutro lugar. O estranho é que agora já há mecanismos que poderiam mudar isto e não estou a falar da distribuição de sacos de milho pelas aldeias e campos de refugiados da desertificação, nem todos fogem da guerra. Mas não há interesse. Não consigo entender, porque os ricos não ficariam menos ricos se deixasse de haver fome. Não te preocupes oh coisinho que andas no teu maserati vermelho e com a tua mulher troféu, pobres existirão sempre!

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