quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Americanices

Cheguei a casa, liguei a t.v... Até aqui tudo bem. Fiz o zapping da praxe qual não é o meu espanto quando sintonizo a TVI (sim... eu sei que é normal espantar-me quando sintonizo este canal... e olhem que normalmente faço o zapping pela SIC e pela TVI o mais rápido possível para não confrontar os meus castos olhos a tal obras de arte televisiva ao mais alto nível da Trafaria de seu nome Floribela e os Morangos) e ví algo para o qual a minha mente lusa ainda não estava preparada: um sequestro armado dentro de um banco! Onde? Em Setúbal. Quem diria que os xarrocos, apaixonados por sandes de choco frito, poderiam alguma vez saírem-se com uma americanice destas? Garanto-vos que já se passaram aproximadamente 5 min. E ainda não me recompus do choque. Pronto, já foram mais ou menos 5 min. e 35 segundos mas enfim. É que uma pessoa não está habituada a isto. Se fosse uma notícia de uma abóbora com mais de 50 kg… quer-se dizer, espantava-me um pouco. Quem é que ia explicar à minha mente aquele aparato todo? P.J… PSP’s todos aperaltados…até negociadores lá haviam! Isto já não é como antigamente… Se fosse há 10 anos atrás, era ver chegar ali um jipe da GNR e saírem de lá 4 ou 5 indivíduos pançudos com umas grades de minis. Montarem uma tabanca perto do banco, desembrulharem o farnel e utilizar a pior das judiarias! Empanturrarem-se com presunto, paio e torremos do rissol enquanto o sequestrador sofria de cólicas com a fome que teria. Isto sim eram bons tempos. Foi preciso apenas um marmelo se fechar dentro de uma casa de banho dos estúdios da RTP para descambar nisto. Olhem,… americanices.

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