segunda-feira, 17 de julho de 2006

Culturas masculinas

Acho uma coisa fantástica no mundo só nosso dos homens. Tipos barrigudos com camisas brancas de alças. Adoram chegar assim aos cafés e assim estarem por lá. A mostrar o belo do carrapito debaixo do braço. Encostam a barriga ao balcão e assim ficam enquanto sorvem o seu café demoradamente. Considero isto uma coisa ulta-máscula de homens de barba rija. Nada de maricas, nada de choninhas, nada de Cláudio Ramos, nada de frouxos.
Há cinco subculturas masculinas letais e podem se sobrepor umas às outras: a cultura do carro, a cultura militar, a cultura das armas e da caça (Olha o Badaró- truz! mesmo nas nalgas!!!), a cultura do desporto de competição, a cultura do tremoço e acrescento mais uma até: a cultura do Vamos-engatar-gajas-e-espancar-uns-larilas. Como já referi, estas sobrepoem-se. Muitos homens enquadram-se nas seis.
O universo masculino é, claro, detectável através de uma análise da fórmula química do seu combustível: gasolina, pólvora, álcool, adrenalina e sovacosmell. Uma combinação tornada ainda mais letal pela presença omnipresente, sempre prazenteira e acelerante testosterona. TESTOSTERONA! A substância mais volátil e mortífera na face da terra. E não é produzida num laboratório.
É produzida no escroto.
Aliás, garanto que se na Palestina e em Israel não existisse testosterona, estes em vez de andarem a atirar mísseis uns aos outros, atirariam flores e doçaria conventual (o que temos que admitir, não é nada bonito. Só de pensar nisso até tenho calafrios na espinha).

(Continua no meu próximo post)

Sem comentários: