sábado, 1 de julho de 2006

Planeta "lata de sardinhas" Terra

Há gente a mais no planeta. Ponto final. E sempre houve gente a mais. Desde o princípio. Antes, de vez em quando lá aparecia uma peste, uma febre bubónica, uma sifilis tramada, uma candidiase das más e equilibravam a balança. É o problema da evolução da medicina. Se as fábricas de bebés a cheirar a fraldas nos paises de 3º mundo parassem de pôr miúdos vesgos e canhotos no mundo, talvez os restantes pudessem ter a oportunidade de esticar as pernas e passar um bom bocado. Crianças a mais gastam os nossos recursos naturais. Já imaginaram a quantidade de matéria é que é desperdiçada só em fraldas? Não compreendo as pessoas que dizem que os bebés são bonitos. Sinceramente... Qual é a beleza que existe numa máquina de borrar e vomitar? Quanto aos recem-nascídos nem me pronuncio. Só falo na beleza das crianças a partir dos quinze anos. Antes não. Qual a beleza de uma coisita de cinco kg que tem a cabeça desproporcional? "Ai que bonito menino... Olha a cabecita tão grande.. Cheira mal.. O menino fez um presente na fraldinha!! E olha! Bolsou-se para cima do meu casaco Armani!! Que querido... " Fazem-me lembrar o boneco da Michelan. Se a sociedade em que vivemos quer que eu poupe energia, é melhor arranjar maneira de impedir estes fanáticos religiosos adoradores de crianças de ter dez, onze ou doze filhos. Quando conseguirem, vou começar a apagar as luzes. E sim, eu sei que a taxa de natalidade está a diminuir. Ainda bem. Devia diminuir ainda mais. Cada familia devia ter direito a meio filho. E, se calhar, nem tanto assim.

9 comentários:

Fingido disse...

Com essa conversa toda, óh Sandes, arriscas-te a não encontar ninguém que queira procriar contigo.

Anónimo disse...

Então nos carrinhos de bébé, de acordo com a tua lógica, deveríamos vislumbrar, não um bébé, mas um braço ou uma cabeça de bébé, isto para quem quiser ter vários filhos. Para quem quiser cumprir a estatística da ditatura sandista terá apenas metade de um bébé, agora resta escolher as pernitas ou o tronquito. Ou poder-se-á fazer um corte longitudinal?

Sandes de Choco c/mortandela disse...

Pode-se fazer o corte à vontade do freguês. Mas quando digo metade é mesmo só metade. Nem uma orelhita a mais!

Anónimo disse...

Concordo perfeitamente! Uma meia criança (corte longitudinal) com duas orelhas seria nojento!

Bayushiseni disse...

Ná gosto nada de coisas mal explicadas, Ó Cara Sandocha:

Meia criança por família, por casal ou por pessoa? Quer dizer, há para aí famílias polígamas! Se for por casal, quer dizer que cada pessoa só tem direito a um quarto de filho? E pode-se trocar meio tronco e meia cabeça por uma cabeça inteira?

E podemos aplicar esta lei às moscas e às ratazanas?

Sandes de Choco c/mortandela disse...

Caro Talisca (aka Xisto), quanto às moscas e ratazanas não aplicava esta minha nova lei. Aplicála-ia aos gatos, ao Cláudio Ramos e quiçá ao Badaró mas com umas diferenças que seriam não a hipótese de apenas poderem ter 1/2 filho mas sim apenas uma unha do pé deste. Quanto aos casais polígamos, monógamos, etc and so on, aplicava-se a lei tal e qual como aos casais ditos "regulares". Estes que se "amanhassem"! Quanto à parte do corpo, aplicava o corte longitudinal.

dusty disse...

O problema não está no 3º Mundo acredita. Recentemente fiz um trabalho sobre a temática crescimento populacional/poluição/desenvolvimento sustentável. Os níveis de consumo de recursos e de poluição são escandalosos, em especial se compararmos o top dos países mais ricos com aqueles mais pobres, que é o caso particular de África. O impacto de uma criança nascida no mundo desenvolvido, equivale em média a 30-50 crianças nascidas num países subdesenvolvido. Creio que isto tem algum peso.
Acresce que, os problemas de crescimento populacional nos países pobres (exceptuando por exemplo, o caso da China, onde se denota uma relação directa entre população-impacto ambiental, mas a caminho de encontrar solução através das tecnologias verdes), não se reflectem directamente no ambiente. Para esses países a solução é a educação, a ajuda ao desenvolvimento, transferência de recursos e tecnologias eficientes.
Quanto às politicas de apoio à natalidade, acho muito bem. Nos países nórdicos, verdadeiros países desenvolvidos, as pessoas são incentivadas e subsidiadas se tiverem filhos. É um combate eficaz ao envelhecimento populacional do Norte. É claro que isto só funciona em países economicamente estáveis…
Enfim, se me pagarem quando quiser ter filhos acho que me entrego exclusivamente a essa tarefa.

Sandes de Choco c/mortandela disse...

Ok Dusty. Ganhasyes... Fiquem lá então com putos inteiros...

Bayushiseni disse...

Caro Sandocha:

Sem querer por-me aqui a fazer psicologia barata, penso que estás a atravessar um processo chamado de "que bochechinha tão boa para dar um apertão". Quer-se isto dizer, sofres de amor desmedido pela ideia agradável de vires a ser pai e da desilusão das espectativas reais de que durante duas décadas, mais ou menos, o que terás de fazer é limpar a porcaria que a tua progenitura irá fazer diariamente (diariamente sublinhado, por favor). Nada temas. É mesmo assim.

Agarra-te à ideia. Deixa-a crescer dentro de ti e até as fraldas pesadas, quentes, a fumegar, com um cheiro vindo directamente do inferno te darão estremecimentos de uma ternura nunca olvidável.

Desejo-te sorte e serei solidário.