domingo, 20 de novembro de 2005

O Estádio


Não sou grande adepto de futebol, menos ainda de clubes. Mas esta condição de aparente indiferença, pelo fenómeno futebolístico, não me condiciona a, por vezes, assistir com atenção e mesmo prazer a alguns jogos.

Clarificada a minha relação com o fenómeno, posso agora revelar a alegria que senti com a vitória do Sp. de Braga ( que até os benfiquista reconhecem como justa).

O Sp. de Braga tem revelado, nas duas ultimas épocas, a ousadia que Souto Moura experimentou no Municipal de Braga. Tratando-se, seguramente, da equipa que mais se galvanizou com a herança do Euro 2004. (Outros motivos haverá para este sucesso, mas de futebol pouco sei para além do óbvio.)

Quanto ao estádio, é mais que um palco verde para 22 jogadores e 3 árbitros, é uma reflexão sobre o futebol moderno. Que segundo Souto Moura “… é um espectáculo, tal como o cinema, o teatro e a televisão, daí a opção de fazer apenas duas bancadas. Hoje ninguém aguenta ver uma peça do Peter Handke em “zoom”, atrás das balizas.” A universalidade do fenómeno futebolístico, suportada pelas transmissões televisivas, requerem a actualização das formas convencionais. O estádio é, assim, cada vez mais um estúdio de televisão.

Enquanto o Sp. de Braga for protagonista, quinzenalmente o “estúdio de televisão” cumpre a sua função.

A utilidade das coisas deixa-me contente.


2 comentários:

Fingido disse...

A propósito de futebol, é de assinalar também, a minha admiração pela equipa do Vitória de Setúbal. Mesmo a jogar para aquecer, mantém-se nos lugares cimeiros. Grande equipa.

Anónimo disse...

Muito bem!!!
Viva a boa arquitectura e a recuperação de minas! Será que o panago grego esteve envolvido neste projecto? Se esteve foi na parte que ninguém entendeu, seguida por uns sorrisos rasgados de mona lisa.