
Assim, munido do meu espírito pragmático, “abalei pró cinema” ver The Island, que em português se intitula, estranhamente, A Ilha. (que saudades das traduções criativas!)
A motivação para um filme previsível? Ver Scarlett Johansson. Só por isso vale a pena, além de que, o bilhete foi grátis (o Interior tem destas vantagens).
O filme foi previsivelmente previsível. Em alguns aspectos baseado no Admirável Mundo Novo, que Aldous Huxley escreveu nos anos 30… muito actual!
A história remete-nos para 2019. Desenrolando-se a acção, parcialmente, no interior de um edifício, onde abundam uma “parafrenália” de soluções tecnológicas de encher o olho.
É neste cenário, supostamente de futuro, que, a páginas tantas, uma das personagens entra em trabalho de parto e é transportada numa cadeira de rodas. Até aqui nada de invulgar… pois, mas a cena seguinte, mais parecia o quotidiano de um deficiente motor, num dos “nossos” edifícios públicos. Não é que, senhora e cadeira tiveram de ser carregadas por dois marmanjos por uma escadaria acima! Em 2019.
Então o futuro será assim? Edifícios altamente tecnológicos, mas com barreiras arquitectónicas?
Será que o argumentista nunca ouviu falar em DESIGN INCLUSIVO.
Se não fosse a Scarlett….
5 comentários:
Por mero acaso, a Scarlett está à altura do vaticano! É extremamente papável!
Diria mesmo mais: Scarlett é papavel in extremis!
digo mais: do fillet minhon...
Hum. Por acaso até ia, sim senhor...
não vi o filme, mas conheço a menina do brinco de pérola que com o seu ar cândido pousava para um pintor arruinado e cheio de filhos que vivia com a sogra.
não vi o filme, mas li o admirável mundo novo, que como disseste é actualissímo.
não vi o filme, mas vejo o filme diário de muitas pessoas que tentam simplesmente fazer o que todos deveríamos ter como garantido, entrar em casa, levantar dinheiro no multibanco, andar nos passeios, ir ao cinema, ir a um restaurante...
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