terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

hapiness


Pode parecer ideia pirosa, ultrapassada, gasta. Mas é o objectivo de qualquer ser humano. A felicidade. Desde crianças que ouvimos as pessoas mais próximas, e todas as outras, queixarem-se dos seus azares e infelicidades ou falarem sobre aquilo que as faz mais felizes. Durante a infância somos demasiado felizes para darmos uma verdadeira importância à felicidade. Mas a coisa complica-se quando crescemos. Percebemos que a felicidade é algo mais do que ter a boca cheia de guloseimas.

As pessoas precisam de muitas coisas para serem felizes. Precisam de saúde, amor, sucesso, sorte, e principalmente de muito dinheiro. É triste e entristece, mas é verdade. Há casos graves em que o poder económico é inútil. As doenças incuráveis são disso o maior exemplo. Por mais que possa prolongar o bem-estar das pessoas, não as salva. Mas para tudo o resto há um preço. Hoje mais do que nunca, as pessoas são o dinheiro que têm. Ou aquilo que o dinheiro que têm as tornou. Parece básico mas pensemos, a cultura compra-se, a diversão compra-se, a atenção compra-se. É absurdo pensar que as pessoas são tão mais interessantes, quanto mais dinheiro têm. É uma lógica perversa. Mas tem algum sentido.

Não quero de forma nenhuma generalizar, nem será essa a visão que tenho da minha vida, nem das pessoas que dela fazem parte. Tenho a sorte de estar rodeada de pessoas que, independentemente dos seus grandes ou reduzidos recursos financeiros, são imensamente humildes. Mas na nossa sociedade, e muitas vezes, nas comunidades em que nos inserimos, é possível reparar na importância do factor capital. E como as relações sociais se baseiam em estatutos.

O dinheiro parece ser o fio condutor da felicidade no nosso Mundo actual. E podemos ser frustrados toda a vida porque escondemos a infelicidade com dinheiro. Para comprar anti-depressivos é preciso dinheiro e os anti-depressivos são o remédio da tristeza. Será uma relação de causalidade?

Será possível ser feliz sem pensar em dinheiro? Enfim, vou comprar guloseimas.

4 comentários:

Anónimo disse...

maior parte das pessoas depende sempre de qualquer coisa para ser feliz. quer de dinheiro, emprego, amigos, beleza, um casamento...

o que penso é que a felicidade depende de nós e da nossa atitude perante a vida, que vem de dentro de nós próprios e que a ninguém se pode atribuir o mérito de nos sentirmos felizes!!

para ser feliz não é necessário depender de alguma coisa, mas apenas desejar a felicidade!...

Sandes de Choco c/mortandela disse...

Tens razão sem dúvida. O objectivo de qualquer ser humano é a busca de prazer. O prazer trás a felicidade. Esse prazer é qualquer coisa que dê felicidade. Seja um bom filme, sexo, dinheiro, amigos.. etc.

Anónimo disse...

Eu ando a convencer-me que a felicidade não existe, mas também não é preciso esforçar-me muito. Aquilo que os anúncios nos injectam pelas orbitas dentro são vislumbres de sonhos comuns a uma maioria. Por exemplo a CK tinha um anúncio de perfume CK one com uma familia perfeita, numa praia perfeita, com um cão perfeito (sem gatos, satanhoco, porque há estudos que provam que há muitas pessoas como tu, por isso convém pôr só o idílico). Muitos acabam por convencer-se que é aquilo que querem!
Sou feliz quando estou aqui em frente do computador, sou feliz quando vou ver o mar, sou incrivelmente feliz quando vou ao cinema ver um bom filme, sou feliz quando leio um livro, e sou feliz quando olho para trás e vejo que ainda não fiz ninguém infeliz.
A felicidade se existir são momentos, tal como a infelicidade.
Se eu fosse o dinheiro que tenho, então não existia.

dusty disse...

Exacto, a felicidade encontra-se em momentos e por momentos. Toda a felicidade que conheci foi efémera.
Talvez seja um desafio. Talvez tenhamos direito a bocadinhos de felicidade para apendermos a valorizar os momentos.