segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

"Então como é que vão esses ossos?"

Quando perguntamos a uma pessoa como está, esta responde:«Vai-se andando». Acho piada. Mas vai-se andando prá onde?
Vou dar uma ideia para evitar o tédio dos diálogos impostos para cumprimentar as pessoas.
Por exemplo, quando alguém me pergunta como estou, tento dar uma resposta tão detalhada quanto possivel. «Bem obrigado» já não é suficiente.
Se me estiver a resguardar, um simples «estou bem q.b.» serve. Outra resposta que acho que não revela muita coisa é «estou satisfatóriamente confortavel». Mas, se houver uma réstia de dúvida, confio no velho «não estou mal, comparando com tudo o que há para aí». Esta é muito eficaz se sentir que se tem algo a esconder.
Se me apetecer ser mais aberto, respondo «estou semíporreiro, obrigado pelo interesse» é eficiente, aberto q.b.
Já agora, se o interlocutor fôr um jovem modernaço, deve-se dizer «moderadamente baril». É moderno e só se mostra uma parcela limitada da informação.

2 comentários:

Anónimo disse...

Um tipo pessimista que foi meu patrão cerca de 6 meses, sempre que eu lhe perguntava se estava bom respondia:
NÃO!
Era sempre agradável falar com ele, tudo estva mal e a vida era um inferno...
É o que dá ter saúde, bom aspecto, dinheiro, gajas, carros e casas aos montes, realmente ser coitadinho compensa...

dusty disse...

Acho que a resposta mais comum é "está tudo", ou "está-se bem", ou "sim, tudo bem". é sempre a forma mais simplista. é óbvio que é impossível estar sempre tudo bem, mas as pessoas tendem a evitar "expôr-se".
Eu quando me quero exprimir, normalmente, e dependendo do estado, digo "fui atropelada" ou "estou a café e tranquilizantes"... as analogias são uma boa forma de expressão.